Sindicatos e empresas da Argentina se reúnem para tentar encerrar greve nos portos

Publicado em 29/12/2020 11:33

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Por Maximilian Heath

BUENOS AIRES (Reuters) - Sindicatos argentinos e empresas agroexportadoras disseram que buscarão chegar a um acordo nesta terça-feira em uma reunião para tentar encerrar uma longa greve por reivindicações salariais que causou atrasos significativos nos embarques agrícolas do país sul-americano.

As atividades portuárias e de processamento de grãos da Argentina, um importante fornecedor de alimentos, foram afetadas desde 9 de dezembro, quando dois sindicatos de trabalhadores da indústria processadora e o sindicato de trabalhadores técnicos portuários Urgara lançaram uma greve simultânea por reivindicações salariais.

A reunião será realizada no Ministério do Trabalho argentino, que busca destravar o impasse para que o fluxo das exportações agrícolas se normalize. O protesto causou atrasos nos embarques de mais de 140 navios, principal atividade econômica do país.

"Como o CIARA, temos feito um enorme esforço para chegar a um acordo", disse Gustavo Idígoras, chefe do CIARA-CEC, que no domingo anunciou que havia melhorado sua oferta aos trabalhadores.

"Esperamos que o Ministério do Trabalho cumpra a sua função de pautar e fixar as condições salariais de acordo com a realidade da indústria e do país, garantindo a paz social ao longo de 2021”, acrescentou Idígoras.

Por sua vez, um porta-voz da federação dos trabalhadores da indústria de óleos vegetais --que está em greve junto com o sindicato SOEA-- disse esperar que as empresas façam na reunião uma proposta que atenda às suas reivindicações salariais e de bônus.

No entanto, o porta-voz da federação afirmou que o sindicato ainda não teve acesso à nova oferta do CIARA-CEC, "saberemos ali mesmo na audiência e com base nisso veremos se é possível chegar a um acordo".

"A vontade de negociar está presente desde o primeiro momento."

Questionado sobre o encontro pela Reuters, o Ministério do Trabalho argentino disse que não comentaria.

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Fonte:
Reuters

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