HOME VÍDEOS NOTÍCIAS METEOROLOGIA FOTOS

Meses de março e abril são favoráveis para bicho-furão e moscas-das frutas

Publicado em 31/03/2022 17:26 e atualizado em 01/04/2022 14:37

O bicho-furão e as moscas-das-frutas são pragas que causam danos diretos aos  frutos de citros, provocando apodrecimento e queda. Essas pragas ocorrem  durante todo o ano, sendo os meses de março e abril favoráveis ao seu  aparecimento e, portanto, exigem medidas para monitoramento e manejo, a fim  de evitar danos econômicos. 

Pesquisas indicam que a melhor estratégia é monitorar ambas as pragas  precocemente, para detectar a presença desses insetos no pomar e acompanhar  a população até que níveis de controle sejam atingidos, evitando perda de frutos. 

Bicho-furão  

O bicho-furão (Gymnandrosoma aurantianum) deposita seus ovos em frutos  bandeira e maduros, provocando o seu apodrecimento e queda. Quando a  infestação é precoce e as populações altas, os frutos verdes também podem ser  atacados. 

Os danos aos frutos atacados pelo bicho-furão podem ser diagnosticados por  meio da presença de orifício da entrada da lagarta, este circundado por  coloração amarela. Além disso, após penetrar no fruto, há a liberação de  excrementos e restos de alimentos para fora do orifício na casca, e o local da  fruta atacado torna-se endurecido. A lagarta, de coloração creme a marrom, 

apresenta linhas formadas por cerdas, além de pintas no dorso. 

Para o monitoramento de adultos do bicho-furão, foi desenvolvido um método a  partir de feromônio sexual liberado em pastilhas, inserido em uma armadilha  delta, que atrai os machos e permite tomadas de decisões sobre o manejo. 

Em seguida, é necessário contabilizar as capturas e verificar os níveis de ação  para definir a estratégia de controle que será utilizada, que pode ser feita com  produtos químicos para mariposas e lagartas, ebiológicos ou reguladores de  crescimento de insetos visando apenas as lagartas. 

O monitoramento da praga deve ser feito visando especialmente a população de  adultos, explica o pesquisador do Fundecitrus Haroldo Volpe. “Dessa forma,  podemos adotar medidas de controle focado nas mariposas – alvo exposto no  ponteiro da planta principalmente no crepúsculo –, impedindo que as fêmeas  coloquem ovos nos frutos e que ocorra a eclosão e entrada das lagartas,  ocasionando danos, apodrecimento e queda dos frutos. Isso também é  importante porque a praga tem aumentos populacionais muito rápidos, além de  que o monitoramento baseado em número de frutos atacados tem a desvantagem de tomadas de decisão de controle apenas após a contabilização  de frutos já danificados, gerando perdas econômicas e prejuízos ao citricultor”,  completa.


Moscas-das-frutas 

Duas espécies de moscas-das-frutas atacam árvores do cinturão citrícola e  provocam a queda de frutos: Anastrepha fraterculus, que tem infestações mais  intensas entre os meses de março e maio, abrangendo o período de frutificação  das variedades cítricas precoces, e Ceratitis capitata, que ocorre  majoritariamente de julho a novembro, atacando principalmente as variedades  semitardias e tardias. 

Anastrepha fraterculus ovipositam em frutos verdes pequenos até maduros; já  Ceratitis capitata tem preferência por frutos verdes no tamanho máximo até  maduros. O local atacado pelas moscas fica mole e apodrecido e o furo de saída  da larva – que não tem pernas e possui coloração branca ou amarelada – é  visível e facilmente identificável. 

Diferenciar o ataque do bicho-furão do das moscas-das frutas pode causar  dúvidas. “É importante estar atento às diferenças para identificar corretamente  qual a praga em questão e escolher o método de controle adequado”, enfatiza  Volpe.  

O monitoramento das moscas-das-frutas é feito pela captura dos insetos adultos,  utilizando-se armadilhas modelo McPhail com atrativo alimentar que atraem as  duas espécies ou modelo Jackson com paraferomônio, que atrai apenas C.  capitata.  

A análise das armadilhas orientará o controle, que é feito com iscas atrativas contendo inseticidas aplicada em ruas alternadas e em áreas não superior a um  metro quadrado do centro da copa da árvore. 

No mais, é importante retirar frutos infestados por bicho-furão ou moscas-das frutas das árvores e caídos ao chão e destruí-los.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Fundecitrus

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário