Pesquisa revela maior resistência ao greening em limoeiros de Lisboa
Um grupo de cientistas da Califórnia, Nova York e Washington, nos Estados Unidos, descobriu que os limoeiros de Lisboa, em Portugal, tinham menos resposta molecular do que as laranjeiras de umbigo de Washington ao patógeno que causa o greening, doença também conhecida como huanglongbing e HLB. Ela ataca todos os tipos de citros e não há cura para as plantas infectadas. O greening é causado pela bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus. Árvores novas que são atacadas não chegam a produzir e as plantas adultas perdem precocemente seus frutos e morrem lentamente.
Os cientistas acreditam que parte dessa resposta dos limoeiros ocorreu porque as folhas de limões infectados tendem a acumular micronutrientes, o que causa menos impacto na fotossíntese. Além disso, os inibidores de protease, importantes para a defesa das plantas, foram regulados positivamente nos limões. Os resultados foram encontrados por meio de uma análise molecular abrangente.
“Esses resultados podem ser importantes para o desenvolvimento de variedades de frutas cítricas que são mais tolerantes ou, talvez, resistentes ao patógeno do HLB”, disse Carolyn Slupsky, bióloga da Universidade da Califórnia Davis. “Nossa pesquisa destaca algumas características-chave que diferenciam as variedades de citros mais tolerantes das mais suscetíveis e podem ser usadas para desenvolver novos cultivares resistentes aos efeitos desse patógeno.”
Este estudo é o primeiro a analisar o impacto do greening no metabolismo dos citros antes do desenvolvimento dos sintomas. “Compreender a resposta precoce é importante, pois também pode ajudar no desenvolvimento de tecnologias para detectar a doença mais cedo”, disse Slupsky.
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