Tecnologia europeia atua no combate ao estresse oxidativo e leva produtividade à citricultura
Natural ou em suco, no uso culinário em doces ou pratos sofisticados e, ainda, na receita caseira para combater gripes e resfriados: a versatilidade coloca os citros (laranja, limão e tangerina) entre as frutas mais consumidas e mais comercializadas no Brasil.
São Paulo tem 465 mil hectares com pomares de citros, sendo que 395 mil hectares são de laranja. E responde por 76% da produção brasileira de citros e 34% da produção mundial de laranja, segundo dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado.
Características de cultivo e desenvolvimento dessas frutas, tão democráticas, representam um desafio constante para os agricultores. Condições climáticas adversas, como calor intenso, estiagem e alta incidência de raios ultravioletas levam as plantas ao estresse oxidativo, ou abiótico. E, sem cuidados especiais, podem causar danos importantes nos pomares e perdas da produção.
“Felizmente, os produtores estão, cada vez mais, se tecnificando para lidar com novas ferramentas e combater o estresse oxidativo”, afirma o engenheiro agrônomo Raphael Araújo, com experiência de quase 20 anos na citricultura.
Uma tecnologia que atua na neutralização dos processos oxidativos da planta vem sendo utilizada, com sucesso, nas diferentes variedades de citros, em pomares do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro. Super Fifty é um bioativo natural que prepara a planta para crescer e se desenvolver ao longo de todas as fases do ciclo, mantendo-a em bom estado, ativa e sem estresse. “O produtor precisa entregar uma fruta melhor e de mais qualidade, tanto na parte interna quanto na externa, principalmente para o mercado de frutas de mesa, que é onde se agrega maior valor ao produto. Estética e sabor são fatores que ficam comprometidos quando ocorrem adversidades, explica Araújo. “Pela sua composição e seus bioativos, Super Fifty fortalece a planta e age, principalmente, combatendo o estresse hídrico e o estresse de temperatura. O momento crucial, de grande resposta à mitigação do estresse oxidativo, é no pegamento. Ele auxilia a combater a queda fisiológica do citros no início da florada, durante e após. Esse é o grande uso, hoje, desta solução na citricultura. A resposta vem na forma de qualidade e produtividade, fica entre 5% e 15%, o que é uma realidade muito boa, completa.
Concebido com tecnologia europeia, a partir de extratos totalmente naturais e sem quaisquer hormônios sintéticos, Super Fifty é um produto único do gênero, com reconhecimento científico internacional. “Se aplicado três a cinco dias antes de um evento de estresse previsto, a planta terá tempo para se mobilizar e preparar suas próprias reservas, para lidar com as adversidades e desenvolver como se estivesse em condições normais. Ele ativa a fotossíntese, produz antioxidantes e aumenta a eficiência hídrica das plantas”, resume o engenheiro agrônomo Leonardo Duprat, gerente técnico da BioAtlantis Ltd no Brasil. A empresa irlandesa de biotecnologia atua no mercado desde 2007. “Os ativadores atuam fazendo com que a planta trabalhe mais tranquila e que ela produza normalmente”, complementa Duprat.
Por ser uma cultura com muitas variedades e mercados diferentes, a colheita das variedades precoces inicia em abril e maio, estendendo-se até março, para as mais tardias. “E pode chegar até abril, dizemos que tem colheita o ano inteiro. Por isso Super Fifty é utilizado nas diferentes estações do ano. Nós vemos que ele tem uma versatilidade muito grande, pois atua também na melhoria do enraizamento e na desintoxicação das plantas. Trabalhamos na forma foliar e estamos tendo bastante sucesso”, finaliza Araújo.
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