Citros: Exportações de suco recuam 21% nos primeiros quatro meses da safra 18/19
As exportações brasileiras de suco de laranja registraram queda de 21% no acumulado dos quatro primeiros meses da safra 2018/2019 de acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), compilados pela CitrusBR. Entre os meses de julho e outubro de 2018, os volumes embarcados totalizaram 309.163 toneladas de suco de laranja concentrado, congelado equivalente a 66 graus brix (FCOJ equivalente) ante 393.340 toneladas exportadas no mesmo período da safra 2017/2018. Em faturamento as exportações somaram um total de US$ 589,5 milhões, queda de 16% em relação ao valor de US$ 699,2 milhões registrado no mesmo período da safra anterior. “O ano passado foi um pouco atípico em termos de exportações, porque vínhamos de um ano com estoques muito baixos, portanto, houve grande necessidade de movimentar estoques do Brasil para o exterior”, diz o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.
Os embarques com destino aos EUA somaram 56.749 toneladas de FCOJ equivalente nos quatro primeiros meses da safra 2018/2019, queda de 42% em relação à safra anterior, quando foram embarcadas 97.851 toneladas. Um dos fatores que contribuiu para essa retração na demanda americana foi a estimativa de retomada da safra da Flórida, que deverá colher 77 milhões de caixas de laranja com 40,8 quilos, aumento de 71% em relação ao volume da safra anterior, que fechou em 45 milhões de caixas. Com mais laranja na Flórida para processar, os embarques de suco para os Estados Unidos nesses primeiros meses da safra ficaram em US$ 107,8 milhões queda de 36% em relação aos US$ 168,3 milhões registrados na safra 2017/2018.
Os embarques para a União Europeia, principal mercado para as exportações de suco de laranja brasileiro, foram de 214.174 toneladas, queda de 14% em relação às 248.279 toneladas embarcadas no mesmo período da safra passada. O volume financeiro reportado pela Secex apresenta queda de 7%. No período, o total embarcado alcançou US$ 405,8 milhões ante US$ 437,9 milhões no mesmo período da safra anterior.
Já o Japão, principal destino da Ásia, manteve o crescimento nos embarques com um total de 16.982 toneladas, alta de 11% ante as 15.349 toneladas da safra anterior. O crescimento em valor foi de 15% com US$ 33,3 milhões ante US$ 29 milhões. A China, por sua vez, registrou queda de 42% em volume de suco exportado com 7 mil toneladas e queda de 40% no valor, totalizando US$ 14,6 milhões.
Tipos de suco – Ao desmembrar as exportações por tipo de produto, no período entre julho e outubro das últimas três safras percebe-se um pequeno avanço de 1,02% no volume de suco concentrado (FCOJ), enquanto o suco não concentrado (NFC), embarcado em sua diluição natural, depois de registrar consecutivas altas na safra passada, registrou queda de 2,48% no volume embarcado no período. Os dados são convertidos a 66 graus brix para permitir a comparação entre produtos diferentes. Vale lembrar que um dos fatores que puxou a demanda por NFC na safra passada foi o aumento das compras dos Estados Unidos, que estavam sofrendo com baixa oferta de frutas para processar no mercado doméstico. No entanto, se compararmos o volume de NFC embarcado nos quatro primeiros meses da safra 2018/2019 com os volumes dos embarques registrados no mesmo período da safra 2016/2017, antes do Furacão Irma devastar os pomares da Flórida, é possível perceber que os volumes estão bem próximos.
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