Safra 2017/18 de laranja de SP e MG cresce 62% ante 2016/17, diz Fundecitrus
SÃO PAULO (Reuters) - A safra de laranja 2017/18 no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, onde está situada a maior parte da indústria exportadora de suco do Brasil, atingiu 398,35 milhões de caixas de 40,8 kg, a quarta maior da história, informou nesta terça-feira o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).
O volume colhido representou um aumento de 62 por cento ante a temporada 2016/17, atingida por problemas climáticos, ficando ainda 25 por cento acima da média dos últimos dez anos, afirmou o Fundecitrus em seu balanço final sobre o ciclo.
A produção 9,3 por cento superior à projeção inicial, de maio de 2017, deverá colaborar para uma recuperação das exportações de suco de laranja do Brasil, o maior exportador global.
Conforme o Fundecitrus, a produtividade foi recorde na safra, com 1.033 caixas por hectare, ante 634 caixas no ano anterior, puxada por condições climáticas favoráveis durante a fase de florescimento, a partir de agosto de 2016.
Com efeito, chuvas abundantes em 2017 e início de 2018 em todas as regiões produtoras acarretaram no aumento do peso dos frutos, que atingiu 166 gramas. Melhora nos tratos culturais também responderam pelo bom resultado na temporada.
"Uma boa safra decorre de dois fatores: clima favorável e cuidados adequados com os pomares. Em 2016 e 2017 o clima foi excepcional, além disso os citricultores investiram mais em fertilizantes e defensivos, o que se refletiu na produção deste ano", resumiu o gerente-geral doFundecitrus, Juliano Ayres, em nota.
Segundo o coordenador da pesquisa do Fundecitrus, Vinícius Trombin, "a taxa de queda de frutos ficou 1,19 ponto percentual abaixo da projetada inicialmente para a safra, encerrando-se em 17,31 por cento".
"Mais laranjas foram colhidas em função da maior retenção de frutos nas plantas", comentou Trombin.
(Por Roberto Samora e José Roberto Gomes)
0 comentário
Citros/Cepea: Tahiti tem nova queda de preço na semana
Dreyfus anuncia novo terminal de açúcar em SP que eleva em 1 mi t capacidade por ferrovia
Citricultura baiana se desenvolve baseada na tecnologia, e faturamento cresce 35,80% entre 2019 e 2023
Agrodefesa realiza oficina técnica na área de citros e curso para emissão de Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e de Origem Consolidado (CFOC)
Citros/Cepea: Preço da tahiti cai, mas segue elevado
Citros/Cepea: Chuvas geram expectativa de recuperação na oferta em 2025