Citricultura impulsiona geração de empregos no interior de São Paulo
A citricultura foi uma das atividades que mais gerou empregos no Estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o segmento foi responsável pela geração de 45.508 postos de trabalho entre julho de 2016 a junho de 2017, período que compreende a safra 2016/2017 de laranja. A maior parte das contratações ocorreu entre os meses de janeiro e junho desse ano, quando foram criadas 32.190 vagas, aumento de 4,82% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o diretor-executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), Ibiapaba Netto, a citricultura é extremamente demandante de mão de obra, principalmente na colheita, que é feita de forma manual. “Nessa safra a estimativa é de uma produção de 364,4 milhões de caixas de laranjas. Se pensar que cada caixa possui em média 250 frutas, são 9,1 bilhões de frutas, todas colhidas por uma mão humana”, diz o diretor.
Entre os municípios que a citricultura mais gerou empregos estão Mogi Guaçu com 3.657 contratações, seguida por Colômbia com 3.512. Em terceiro lugar está a cidade de Botucatu, que contratou 2.920 trabalhadores e a mineira Comendador Gomes, com 2.475 admissões. As cidades de Bebedouro e Matão, dois importantes polos de produção de laranja, ficaram em sétimo e em nono lugar, com 2.129 e 1.370 contratações respectivamente.
Quando observamos o período entre julho de 2016 e junho de 2017, é possível verificar que o ápice de contratações no cinturão citrícola aconteceu entre os meses de maio, quando foram contratados 13.216 profissionais e junho deste ano, quando foram admitidos 10.170 trabalhadores. “Embora essas vagas tenham sido preenchidas durante o final da safra 2016/2017, boa parte desses trabalhadores foi admitida para trabalhar no início da safra 2017/2018, que começou em julho”, pondera o executivo. Esse aumento no número de novas contratações da citricultura também contribuiu para fazer do setor agropecuário o segmento da economia que mais contratou no mês de junho: segundo dados do próprio Caged foram 36.827 novas contratações.
Outro dado relevante está no chamado vínculo trabalhista, que é a relação entre contratações e demissões em um período. No acumulado entre janeiro e junho desse ano, por exemplo, o número de admissões chegou a 32.190, praticamente o dobro do número de demissões que ficou em 16.867.
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