Índice CEAGESP variou -3,31% em dezembro

Publicado em 09/01/2025 17:29
O destaque do período ficou com o setor de Verduras

 O índice de preços CEAGESP encerrou o mês de dezembro com variação de -3,31% ante uma variação de 3,25% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o índice apresentou variação de 5,09%. Com o resultado obtido, o índice encerrou o período apresentando um acumulado de 2,20% no ano e 2,20% em 12 meses.

Neste contexto, o destaque ficou com o setor de Verduras, que após enfrentar forte alta no mês anterior, fechou o período com a maior redução de preços entre todos os setores analisados. As férias escolares, ocorridas nesta época do ano, provocaram forte desaquecimento de vendas no setor, puxando em grande parte a redução de preços.

Setorização

O setor de FRUTAS variou -5,08% ante uma variação de 5,26% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 2,69%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de 11,54% no ano e de 11,54% em 12 meses. Dos 48 itens cotados nesta cesta de produtos, 48% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de CARAMBOLA (-57,66%), PITAIA (-46,54%), LIMÃO TAITI (-30,95%), FIGO (-24,07%) e LIMÃO SICILIANO (-17,94%). As principais altas ocorreram nos preços de CAJU (+20,91%), MAMÃO HAVAÍ (+17,23%), COCO VERDE (+15,23%), MARACUJÁ AZEDO (+14,51%) e MELANCIA (+13,35%).

Os inícios da safra de verão e, consequentemente, da estação mais quente do ano estão entre os fatores que mais influenciaram o sobe e desce dos preços no setor de Frutas. Com sazonalidade de oferta acima da média nesta época do ano, os preços de algumas frutas caíram e tendem a continuar caindo. Este é o caso, por exemplo, do limão taiti. Entre os dias 01 e 20/12, a quantidade ofertada desse produto cresceu 15,4% no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP). A tendência, portanto, é que os preços dessa fruta continuem apresentando reduções nos próximos períodos (mantendo-se tudo o mais constante).

O verão, sendo a estação mais do quente do ano, por sua vez, estimula o consumo de frutas tropicais, principalmente aquelas com maior teor de água, fundamental para manter a hidratação corporal. Assim, os preços dessas frutas se valorizaram no mercado atacadista. Entre as que apresentaram as maiores altas, o caju encerrou o período, em média, a R$ 31,60/kg; o mamão Havaí (papaia) fechou cotado a R$ 4,13/kg; o coco verde, a R$ 3,00; enquanto o maracujá azedo fechou a R$ 7,85/kg; e a melancia, por fim, a R$ 2,00/kg.

O setor de LEGUMES variou 5,25% ante uma variação de -9,61% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 16,34%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -14,16% no ano e de -14,16% em 12 meses. Dos 32 itens cotados nesta cesta de produtos, 44% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de VAGEM MACARRÃO (+64,24%), PEPINO COMUM (+51,39%), ABOBRINHA ITALIANA (+39,91%), PEPINO JAPONÊS (+39,77%) e PEPINO CAIPIRA (+36,00%). As principais reduções ocorreram nos preços de JILÓ (-47,91%), QUIABO (-39,65%), MAXIXE (-21,64%), BERINJELA JAPONESA (-21,59%) e TOMATE SWEET GRAPE (-18,64%).

A recuperação de preços ocorrida na vagem macarrão, nos pepinos e, principalmente, nos tomates pizzad’oro e Carmem deram a tônica de alta no setor. Após registrarem variação negativa no mês anterior, os preços se valorizaram no mercado atacadista devido, entre outros fatores, à restrição de oferta. O destaque vai para os pepinos caipira e comum, que até o dia 28/12 registravam redução na quantidade ofertada de 55,0% e 26,0%, respectivamente. No ETSP, o pepino caipira fechou o período com cotação média de R$ 1,64/kg e o pepino comum, a R$ 2,00/kg.

É importante destacar também a alta de preço da cenoura. Nesta época do ano, o produto tende a subir de preço devido às chuvas que atingem as principais regiões produtoras, especialmente no estado de Minas Gerais. Para os próximos meses, os preços devem continuar em trajetória de alta.

O setor de VERDURAS variou -1,01% ante uma variação de 25,56% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -3,41%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -13,58% no ano e de -13,58% em 12 meses. Dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 51% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de ALFACE CRESPA (-22,25%), COENTRO (-20,50%), COUVE MANTEIGA (-17,93%), MILHO VERDE (-13,50%) e ALFACE LISA (-13,47%). As principais altas ocorreram nos preços de REPOLHO LISO (+29,96%), BRÓCOLOS RAMOSO (+29,16%), CHICÓRIA (+27,87%), SALSA (+20,39%) e BRÓCOLOS NINJA (+11,04%).

O setor de Verduras encerra o período apresentando a maior redução de preços entre todos os setores analisados. As férias escolares contribuíram, em grande parte, para o desaquecimento das vendas no setor, situação típica para esta época do ano. Desta forma, os preços médios das alfaces mantiveram-se em trajetória negativa por praticamente todo o mês de dezembro. Na média ponderada, a variedade Crespa fechou o período ao preço médio de R$ 1,50/unidade, enquanto a Lisa foi cotada ao preço médio de R$ 1,60/unidade.

Porém, a tendência é que este cenário mude para grande parte das hortaliças folhosas devido às chuvas mais intensas que costumam atingir o Cinturão Verde Paulista. Para o início do ano de 2025 os institutos de meteorologia preveem novas formações de Zonas de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). O excesso de chuva nas lavouras poderá trazer perdas para a produção, resultando em alta de preços.

O setor de DIVERSOS variou -9,73% ante uma variação de 3,56% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 8,27%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -14,48% no ano e de -14,48% em 12 meses. Dos 11 itens cotados nesta cesta de produtos, 55% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de BATATA LAVADA (-34,32%), BATATA ESCOVADA (-19,42%), BATATA ASTERIX (-18,66%), COCO SECO (-14,28%) e AMENDOIM COM PELE (-6,39%). As principais altas ocorreram nos preços de OVOS DE CODORNA (+15,91%), OVOS BRANCOS (+12,67%), OVOS VERMELHOS (+9,88%), ALHO NACIONAL (+2,62%) e CEBOLA NACIONAL (+1,38%).

Nem mesmo o aumento da demanda por batatas em dezembro foi capaz de elevar os preços desse item, muito utilizado nas festividades de final de ano. A irregularidade no volume de chuvas e o solo mais quente em 2024 favoreceram o plantio e a colheita de batatas nas principais regiões produtoras do país. Desta forma, tais tubérculos encerraram 2024 apresentando fortes reduções em suas variações médias de preço ao longo do ano.

Nos últimos 12 meses, a batata Lavada registrou uma variação média de preços de -30,3%. Nessa mesma trajetória, a variedade do tipo Asterix variou -30,5% e a Escovada apresentou variação de -10,2%. Assim, a Lavada encerrou o ano cotada a R$ 2,67/kg (tendo sido produto destaque da semana na CEAGESP entre os dias 06 e 10/12) enquanto as variedades Escovada e Asterix fecharam o ano cotadas a R$ 3,78/kg e R$ 3,62/kg, respectivamente.

O setor de PESCADOS variou 3,17% ante uma variação de 0,03% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 0,31%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de 1,95% no ano e de 1,95% em 12 meses. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 54% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de CURIMBA (+38,46%), ABRÓTEA (+23,33%), PEROÁ BRANCO (+18,17%), TAINHA (+17,04%) e POLVO (+10,05%). As principais reduções ocorreram nos preços de ESPADA (-14,65%), ROBALO (-11,40%), PESCADA BRANCA (-9,91%), SARDINHA LAGES (-6,99%) e CAVALINHA (-6,98%).

O aumento da demanda devido às festividades de fim de ano acelerou o ritmo de vendas no setor de Pescados, o que acabou estimulando a alta de preços. Curimba e Tainha, além da alta mensal, estão entre os pescados que mais se valorizaram no mercado atacadista em 2024. No acumulado de 12 meses, as altas foram de 61,4% e 55,8%, respectivamente. Desta forma, a Curimba encerrou o período ao preço médio de R$ 18,00/kg e a Tainha fechou a R$ 15,00/kg. Nesta época do ano é comum ambos apresentarem volume de oferta abaixo da média. Sendo assim, a melhor época do ano para a compra/consumo desses pescados são os meses de março e abril, quando aumenta a sazonalidade de oferta.

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Fonte:
CEAGESP

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