Bahia, Espírito Santo, Pará e Rondônia disputam título de melhor amêndoa de cacau do Brasil
Com a participação de 94 amostras de cacau de nove estados brasileiros, o Concurso Nacional de Cacau Especial do Brasil – Sustentabilidade e Qualidade, organizado pelo Centro de Inovação do Cacau (CIC), se consolida como um dos maiores eventos do setor. Este ano, mesmo enfrentando desafios na safra, o concurso registrou um recorde no número de origens participantes. Entre elas, destacam-se as estreias de Alagoas, Ceará e Pernambuco, que participaram da disputa inicial, somando-se aos estados tradicionais e consolidados na produção de cacau. Nesta edição, 20 amostras avançaram para as etapas finais, representando os estados finalistas: Bahia, Espírito Santo, Pará e Rondônia. Os produtores concorrem em duas categorias: varietal (amêndoas de uma única variedade genética) e mistura (blends de variedades).
O evento é realizado em parceria com a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Estado do Pará (SEDAP-PA), e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). A iniciativa tem como finalidade principal estimular a excelência na produção de cacau no Brasil, incentivando práticas sustentáveis e a melhoria contínua da qualidade do fruto. Além disso, visa promover a valorização do cacau nacional, destacando suas características únicas por meio da produção de chocolates especiais e fortalecendo a presença desse segmento no mercado, tanto no Brasil quanto internacionalmente. Nesta edição, a premiação totaliza R$ 60 mil, valor que será distribuído entre os três primeiros colocados de cada uma das categorias.
A participação dos três estados estreantes, além da consolidação da participação de produtores do Amazonas e Tocantins nas inscrições deste ano, somados aos tradicionais, e finalistas, permitiram que o setor tivesse um recorte mais amplo sobre o perfil de qualidade de cacau entre os produtores brasileiros.
Seletiva para o Concurso Internacional
A VI edição do Concurso Nacional atua como seletiva oficial para as amostras que representarão o Brasil no Cacao of Excellence Awards 2025. A expectativa é de que o país siga se destacando entre os principais produtores de cacau de excelência. Nas duas edições passadas, o Brasil conquistou três prêmios em cada uma. Na mais recente cerimônia em Amsterdã, o país teve seu melhor resultado, com duas medalhas de ouro e uma de prata, ocupando o segundo lugar entre todos os países/regiões participantes. O Havaí liderou o ranking, com três medalhas de ouro.
Processo de avaliação
A seleção das melhores amêndoas do VI Concurso Nacional de Cacau Especial do Brasil envolve análise físico-química das amêndoas não torradas e uma avaliação sensorial do cacau na forma de líquor (massa de cacau), conduzida por um júri técnico nos laboratórios do Centro de Inovação do Cacau. Por fim, um júri externo, composto por convidados especiais, realiza uma prova às cegas do sabor do cacau na forma de chocolate 70%.
Entre os jurados convidados estão nomes de peso, como o empresário Alexandre Costa, da Cacau Show; o chef confeiteiro, Lucas Corazza e Ernesto Neugebauer, figura de destaque na chocolataria brasileira.
Sustentabilidade em foco
Além de premiar a qualidade, o Concurso Nacional de Cacau Especial também valoriza as boas práticas de produção, com foco em sustentabilidade a partir do Currículo de Sustentabilidade do Cacau. Este documento serve como uma referência para produtores, técnicos e instituições que buscam melhorar continuamente a produção de cacau, ao mesmo tempo em que minimizam os impactos ambientais negativos da atividade. Durante a inscrição, os produtores preenchem um questionário sobre práticas sustentáveis, e, na fase final, auditores visitam suas propriedades para verificar as informações fornecidas.
A cerimônia de premiação do VI Concurso Nacional de Cacau Especial – Sustentabilidade e Qualidade será realizada no dia 28 de novembro em Belém, capital paraense. A iniciativa é patrocinada pela Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), Gencau, Mars, Mondelēz International - Cocoa Life, Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Estado do Pará (SEDAP-PA), Cacau Show, Dengo, Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (ABICAB), Harald Chocolates, Instituto Arapyaú, Newe Seguros e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-BA)
Conheça os finalistas de cada categoria:
VARIETAL
Agrícola Cantagalo (Ituberá - BA) Variedade: BN 34
Ana Claudia Milanez Rigoni (Linhares - ES) Variedade: SJ 02
Gilmar Batista de Souza (Uruará - PA) Variedade: Salobrinho 03
Gilmar Lucio da Silva (Jaru - RO) Variedade: CCN 51
Jose Renato Preuss (Brasil Novo - PA) Variedade: CCN 51
Lidia Rosa Santos Souza (Uruará - PA) Variedade: BN 34
Luciano Ramos Lima (Ilhéus - BA) Variedade: BN 34
Mauro Celso Tauffer (Buritis - RO) Variedade: BN 34
Miriam Aparecida Federicci Vieira (Medicilândia - PA) Variedade: Alvorada01
Robson Tomaz de Castro Calandrelli (Nova União - RO) Variedade: CCN 51
MISTURA
Agrícola Cantagalo (Ituberá - Ba)
Ana Claudia Milanez Rigoni (Linhares - Es)
Gilmar Batista de Souza (Uruará - Pa)
Gilmar Lucio da Silva (Jaru - Ro)
Jose Renato Preuss (Brasil Novo - Pa)
Lidia Rosa Santos Souza (Uruará - Pa)
Luciano Ramos Lima (Ilhéus - Ba)
Mauro Celso Tauffer (Buritis - Ro)
Miriam Aparecida Federicci Vieira (Medicilândia - Pa)
Robson Tomaz de Castro Calandrelli (Nova União - Ro)
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