Boletim da Conab traz impactos das fortes chuvas na produção de frutas e hortaliças no Rio Grande do Sul

Publicado em 21/05/2024 14:19

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trouxe uma avaliação da situação do abastecimento das frutas e hortaliças no Rio Grande do Sul, mostrando as consequências dessas condições extremamente adversas para o plantio, escoamento e comercialização desses produtos. A análise, que conta com informações de entidades representativas do setor, como as Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), Ceasa Serra ADCOINTER – Caxias do Sul e a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS), está no 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), publicado segunda-feira (20).

De acordo com a publicação, as operações comerciais realizadas na Central de Abastecimento (Ceasa) do Rio Grande do Sul na capital Porto Alegre foram transferidas para a cidade de Gravataí. Ainda assim, os problemas logísticos dificultam fazer chegar os alimentos até a Central e os consumidores conseguirem se abastecer e retornar para seus estabelecimentos comerciais para ofertá-los à população. Por outro lado, a Ceasa em Caxias do Sul está operando de forma normal, pois não foi atingida pela inundação. Contudo, o volume comercializado está menor,uma vez que muitos produtores foram atingidos.

Já com relação à produção dos alimentos, para as folhosas, segundo a Emater no RS, o cenário em diversas regiões do estado é de impacto negativo pelo longo período chuvoso, com alagamento em algumas regiões produtoras. Até em ambientes protegidos o desenvolvimento tem sido comprometido pela elevada umidade com baixa luminosidade. Outro problema é a impossibilidade de realizar o manejo das áreas para a reconstrução de canteiros na maior parte do período. Verificam-se perdas de solo, nutrientes e matéria orgânica. Na Fronteira Oeste, os produtores de alface de Uruguaiana relatam perda de 50% da produção em função do longo período chuvoso.

Para as frutas, uma das preocupações são com os citros. De acordo com a empresa de assistência técnica e extensão rural gaúcha, em Santa Rosa, grande parte das plantas cítricas apresenta carga e frutos pequenos, além da presença de cochonilha, ácaro e pulgão. No município há oferta de variedades precoces de bergamota Okitsu, Ponkan e Satsuma e de laranja do céu. Já em Soledade, verifica-se atraso no desenvolvimento e na maturação de frutos por falta de luminosidade, além de baixa qualidade.

Apesar dos problemas de logística e produção encontrados na Ceasa-RS – Porto Alegre, a maioria dos produtos teve a cotação dos preços estáveis no comparativo com os preços anteriores às enchentes. As altas mais destacadas, no dia 15/05/24, foram da rúcula, couve, morango e beterraba. Já na Ceasa Serra, em Caxias do Sul, a partir dos dados informados ao Prohort, na média das cotações coletadas no dia 7 e 14 de maio, de 48 produtos acompanhados, 35 tiveram alta, 4 mantiveram os preços e 9 tiveram queda quando comparados com abril.

Outras informações sobre o panorama de abastecimento de frutas e hortaliças no Rio Grande do Sul após enchentes, bem como sobre a comercialização em abril de frutas e hortaliças no setor atacadista, podem ser encontradas no boletim publicado na página da Companhia.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Conab

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário