Fruticultura tem queda de produção devido ao tempo seco em Mato Grosso
O longo período com baixo nível de pluviosidade na região de Mato Grosso atingiu diretamente as lavouras de frutas. “A perda está totalmente ligada ao período seco que resultou no surgimento de pragas, como os ácaros”, explica Carlos Távora Araújo, coordenador do departamento técnico da Coopernova.
De acordo com Araújo, a principal cultura afetada foi a do maracujá, mas outras lavouras como acerola, abacaxi e caju também foram prejudicadas. “Nós tivemos uma perda em média de 40% na produção”, conta. Entre as cidades mais atingidas estão Terra Nova do Norte, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte e Carlinda.
Uma maneira de se prevenir contra o aparecimento das pragas é fazer um controle químico através de pulverizações com acaricidas (inseticidas especiais) e óleo mineral. “Para minimizar um pouco o prejuízo, os agricultores devem ter esse cuidado. Além disso, devido à crise, tivemos que subir o preço do produto”, conta Carlos.
Mesmo com a atual situação, o coordenador técnico afirma que as projeções para o futuro são boas, devido ao período pluviométrico que está se desenhando e também com a entrada de mais produtores no cultivo. “Vamos ter um crescimento de quase 300% na área plantada”, finaliza.
“Nos próximos dias há previsão de chuva para as áreas produtoras de fruta do Mato Grosso”, informa o agrometeorologista da Climatempo, Marco Antonio Santos. “A segunda quinzena de novembro começa com chuva mais concentrada sobre a região centro-norte do Brasil, o que favorece a diminuição da incidência de pragas nas árvores frutíferas e consolida o regime de chuvas na região”, completa.
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