Produtores recebem orientações sobre controle da mosca-das-frutas no RS
As variedades de amoreira-preta cultivadas atualmente são resultado de um processo de melhoramento vegetal e os frutos, quando maduros, apresentam características como alto teor de açúcar, baixa acidez e elevada presença de aroma. Desta forma, os frutos maduros tornam-se atrativos à mosca-das-frutas, sendo a Anastrepha fraterculus a espécie mais comum associada à amoreira-preta. O ataque desta praga tem aumentado nos últimos anos, causando grandes perdas na produção. O extensionista rural, Nícolas Eigon Brandt, do escritório da Emater/RS-Ascar de Vacaria, alerta que como neste inverno ocorreu pouco frio, muito provavelmente as infestações de insetos e parasitas poderão ser maiores do que em anos anteriores.
Visando orientar os produtores do município, a Emater/RS-Ascar promoveu reuniões sobre o monitoramento e controle da mosca-das-frutas em cinco núcleos do interior do Rio Grande do Sul: Capela Santa Terezinha, Assentamento Nova Estrela, Assentamento Nova Batalha, Fátima e Refugiado, que contaram com a participação de 58 produtores, principalmente de pequenas frutas. Nestes encontros, foram debatidas as formas de controle através de iscas tóxicas, assim como a utilização de armadilhas com produtos disponíveis no mercado agrícola e as caldas caseiras, que utilizam produtos como suco de uva, vinagres, açúcares e melaço, entre outros.
Também foram debatidas algumas medidas para o manejo da mosca nos pomares, sendo que a principal delas é a prevenção, ou seja, dispor as armadilhas nos pomares antes da formação das frutas, além da realização da colheita dos frutos na idade fisiológica recomendada e nas primeiras horas do dia. "Em anos chuvosos a atenção deve ser maior, pois os frutos tornam-se mais sensíveis ao rompimento devido à umidade maior, o que aumenta a atratividade para as moscas. Além disso, o mau tempo pode dificultar a colheita e aumentar o número de frutos muito maduros no pomar. Outra medida indicada é a aplicação de cálcio, com o objetivo de tornar a epiderme do fruto mais resistente, diminuindo assim a ocorrência do extravasamento natural da polpa devido ao excesso de líquido presente no fruto", esclarece Brandt.
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