Crédito Emergencial: Governo de SP libera R$ 5 milhões para produtores de batata-doce e mandioca afetados pela estiagem
O governo paulista, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, anunciou nesta quinta-feira (18/07), uma linha de crédito emergencial de R$5 milhões para os produtores de batata-doce e mandioca afetados pela estiagem no Estado de São Paulo.
O anúncio foi feito pelo secretário de Agricultura, Guilherme Piai, que representou o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, durante a cerimônia de abertura da 5ª edição da BATATEC, a maior feira tecnológica de batata-doce do país, que acontece em Presidente Prudente, região oeste do Estado.
“A deliberação dessa linha de crédito de R$ 5 milhões é mais um instrumento para retribuirmos o que os produtores paulistas fazem por nosso Estado. O governo de São Paulo não tem medido esforços para dar suporte à mulher e ao homem do campo. Em abril, liberamos R$ 100 milhões para o seguro rural, posicionando SP como o único estado do Brasil que faz a subvenção do seguro rural”, disse o secretário, durante a solenidade de abertura.
Os municípios contemplados pelo crédito foram definidos a partir de um levantamento da Defesa Civil, com objetivo de otimizar a aplicação dos recursos. A linha, com teto de R$ 25 mil por produtor e juros de 3% ao ano, será liberada por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), vinculado à SAA.
São Paulo produz cerca de 182 mil toneladas de batata-doce, em uma área com mais de 10 mil hectares. Com rendimento 26% superior à média do Brasil, o Estado tem o status de maior produtor de batata-doce do País. As principais regiões produtoras são: Presidente Prudente, Araçatuba, Tupã, Jaboticabal e Dracena.
Durante a BATATEC, os técnicos do Instituto Agronômico (IAC-Apta) e da Apta Regional, ligados à Secretaria de Agricultura, farão palestras e exposições de variedades de batata-doce, resultantes dos programas de melhoramento, desenvolvidos pelos órgãos de pesquisa, objetivando a biofortificação da cultura da raiz.
Biofortificação é o processo utilizado para aumentar o conteúdo nutricional de micronutrientes, como vitaminas e minerais específicos, das porções comestíveis das plantas utilizadas como alimentos, o que pode ser feito por meio de técnicas de melhoramento convencional de plantas ou da biotecnologia.
O Departamento de Sementes e Mudas da CATI, em parceria com o IAC, também disponibiliza esses cultivares de mudas sadias, livre de doenças, que estão sendo comercializados durante o evento em Presidente Prudente, que acontece de 18 a 21 de julho.
Segundo o pesquisador do Instituto Agronômico (IAC-Apta), Valdemir Antônio Peressin, a Secretaria de Agricultura investiu em um amplo programa de melhoramento de batatas-doce, objetivando a biofortificação da cultura.
“Utilizando-se de técnicas de melhoramento genético convencional foram lançadas duas cultivares biofortificadas [IAC 134 AL01 e IAC Ametista], quatro cultivares convencionais [IAC Santa Elisa, IAC Clara, IAC Lavínia e IAC Prudentina] e cinco cultivares ornamentais [IAC Claudia, IAC Katherine, IAC Mara, IAC Mônica e, IAC Yoka]”, ressalta Peressin.
O trabalho, desenvolvido em parceria com a Apta Regional de Presidente Prudente, está relacionado à multiplicação rápida para produção de mudas com elevada sanidade a partir de pequenos segmentos de caule. “A partir de poucas ramas isentas de vírus é possível produzir grande quantidade de plantas sadias”, explica a pesquisadora Amarílis Rós.
As pesquisas também buscam encontrar variedades com maior produtividade, sabor adequado, polpa e casca com coloração que atraia o consumidor, além de materiais com formato e cores diferenciados para nichos de mercado específicos, como polpas coloridas para batatas chips, que mantenham a coloração após fritos.
A batata-doce - uma cultura agrícola rica em nutrientes e versatilidade culinária - desempenha um papel fundamental na região de Presidente Prudente, se destacando como a principal produtora em São Paulo e uma das maiores do país.
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