Triticultor questiona novas regras
Publicado em 08/02/2010 09:19
O projeto de regulamento técnico do trigo formulado pelo Ministério da Agricultura (Mapa) será questionado hoje, em Brasília, por integrantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno. A proposta modifica classes e eleva padrões qualitativos que estavam em vigor desde 2001. É com base nessas normas que o governo estabelece políticas públicas, forma estoques e baliza negócios privados. Triticultores e cooperativas discordam de parte das mudanças. O debate antecede consulta pública que será aberta provavelmente em abril.
Um dos pontos polêmicos altera o valor mínimo de força de glúten que, com outras características, determina se a farinha obtida a partir de uma cultivar de trigo servirá à fabricação de pães, massas ou biscoitos. Atualmente, para ser classificado como tipo pão, o grão deve apresentar valor mínimo de 180. Pelas novas regras, esse patamar subiria para 240, inviável na opinião de produtores gaúchos. Eles avaliam que o teto é muito alto, considerando as variedades utilizadas, condições climáticas em que a planta se desenvolve e baixa segregação no Estado. O chefe da Embrapa Trigo, Gilberto Cunha, admite que o salto é brusco para a realidade nacional e até internacional. "A Embrapa entende que é possível chegar ao valor mínimo de força de 220, considerando atuais condições e métodos de produção, mas é uma fase preliminar de ajuste do texto."
Produtores reclamam da falta de clareza sobre o enquadramento do trigo brando, que deixaria de existir, apesar de representar 38% das sementes vendidas no Estado em 2009. Pelo texto, são mantidos os tipos pão e melhorador, e serão criadas duas classificações: uso doméstico ou outros usos. "A avaliação de uma planta passa pelo material genético, mas depende das condições climáticas", alerta o presidente da Comissão de Grãos da Farsul, Hamilton Jardim.
Para o presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, o texto é inviável. Ele lembra que, no ano passado, o governo federal penalizou triticultores ao estabelecer correções de preço mínimo diferenciadas pela classificação. Segundo o diretor substituto do Ministério da Agricultura Fernando Guido Penariol, as modificações fazem parte da adequação geral na área vegetal, já implementada em culturas como a soja. Ainda assim, Jardim cogita outras motivações. "A verdadeira causa é a pressão dos moinhos para justificar as importações abusivas." A Abitrigo não se manifestou.
Um dos pontos polêmicos altera o valor mínimo de força de glúten que, com outras características, determina se a farinha obtida a partir de uma cultivar de trigo servirá à fabricação de pães, massas ou biscoitos. Atualmente, para ser classificado como tipo pão, o grão deve apresentar valor mínimo de 180. Pelas novas regras, esse patamar subiria para 240, inviável na opinião de produtores gaúchos. Eles avaliam que o teto é muito alto, considerando as variedades utilizadas, condições climáticas em que a planta se desenvolve e baixa segregação no Estado. O chefe da Embrapa Trigo, Gilberto Cunha, admite que o salto é brusco para a realidade nacional e até internacional. "A Embrapa entende que é possível chegar ao valor mínimo de força de 220, considerando atuais condições e métodos de produção, mas é uma fase preliminar de ajuste do texto."
Produtores reclamam da falta de clareza sobre o enquadramento do trigo brando, que deixaria de existir, apesar de representar 38% das sementes vendidas no Estado em 2009. Pelo texto, são mantidos os tipos pão e melhorador, e serão criadas duas classificações: uso doméstico ou outros usos. "A avaliação de uma planta passa pelo material genético, mas depende das condições climáticas", alerta o presidente da Comissão de Grãos da Farsul, Hamilton Jardim.
Para o presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, o texto é inviável. Ele lembra que, no ano passado, o governo federal penalizou triticultores ao estabelecer correções de preço mínimo diferenciadas pela classificação. Segundo o diretor substituto do Ministério da Agricultura Fernando Guido Penariol, as modificações fazem parte da adequação geral na área vegetal, já implementada em culturas como a soja. Ainda assim, Jardim cogita outras motivações. "A verdadeira causa é a pressão dos moinhos para justificar as importações abusivas." A Abitrigo não se manifestou.
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Fonte:
Correio do Povo
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