Castrolanda estima safra de verão recorde com 548 mil toneladas de grãos
A estimativa da safra recorde de grãos em todo o Brasil, na temporada 2024/2025, também reflete a realidade do incremento da produtividade de soja e milho que tem ocorrido nas áreas atendidas pela Castrolanda Cooperativa Agroindustrial nos estados do Paraná e São Paulo. Se tudo correr bem pelos próximos dias, até meados de abril, a cooperativa deverá ter uma safra recorde com 547.842 toneladas de grãos.
Até então, o maior pico de produtividade de soja na Castrolanda foi na safra de verão 2021/2022 quando foram registradas 71 sacas por hectare. Para este ano, são esperadas de 73 a 75 sacas/hec. em uma área de 81.790 hectares.
Antes mesmo do término da colheita, os números da soja já superaram o resultado de 2023/2024 quando a produtividade foi de 68 sacas por hectare em uma área plantada de 86 mil hectares.
Já a produtividade máxima do milho verão, até então, foi de 203 sacas por hectare em 2019/2020. Para esta safra, a estimativa é chegar de 205 a 208 sacas/hec. em uma área plantada de 17 mil hectares.
O supervisor técnico da Castrolanda, Herbet Krupnishi de Lima, aponta para alguns fatores que levaram ao aumento da produtividade na última safra. O clima aliado a um bom manejo no controle de pragas e a qualidade das sementes foram fatores essenciais para um bom resultado no campo.
“Estamos tendo uma qualidade muito boa tanto da soja quanto do milho, com um bom manejo de doenças e pragas, além das condições climáticas que estão favorecendo. Esse é um ano em que a assistência técnica demonstra o seu real valor com excelente custo-benefício. A informação precisa chegar na ponta e é o agrônomo que faz o vínculo da pesquisa da Fundação ABC com o produtor. Esse é o nosso papel. Uma consultoria bem respaldada se paga facilmente e o resultado nós vemos pela média de produtividade”, explica.
Segundo Krupnishi, nessa reta final da colheita, a soja passa por uma pressão muito forte de ferrugem asiática, fungo causador de uma das principais doenças que atinge a cultura da soja no Brasil.
“A nossa região é uma das últimas a plantar soja no estado do Paraná e a ferrugem se prolifera muito com o vento. As regiões vizinhas plantam mais cedo e reproduzem o fungo. Nós que ainda estamos com soja verde no campo acabamos sofrendo. Por outro lado, o clima que é favorável para a ferrugem também é para uma boa produção, porque esse fungo gosta de chuva e temperaturas mais altas. Quem conseguir fazer um bom manejo conseguirá bons resultados e nós já vemos isso nas primeiras áreas colhidas”, destaca.
Com relação ao milho, o supervisor técnico aponta para uma soma de fatores, principalmente, o clima favorável e uma baixa pressão de pragas, principalmente a cigarrinha que teve baixa incidência nesta safra.
Segurança na recepção
A alta produtividade no campo está impactando diretamente as unidades de armazenagem e recepção da Castrolanda no Paraná e São Paulo distribuídas nas cidades de Castro, Itaberá I e II, Piraí do Sul, Ponta Grossa e Ventania. Até meados de março, a cooperativa registrou mais de 50% do volume de soja e milho entregues.
O gerente de grãos da Castrolanda, Diógenes Julio Huzar Novakowiski, comenta sobre a segurança que os cooperados da Castrolanda têm para entregar o seu produto com a garantia de armazenagem.
“Não estamos tendo dificuldades com relação à recepção e tudo está ocorrendo com normalidade. Toda a safra anterior foi comercializada e, com isso, iniciamos as nossas unidades com estoque de passagem baixo. Isso favoreceu a estocagem e a garantia de armazenagem de toda a produção dos cooperados”, aponta.
Para dar ainda mais segurança ao produtor, a Castrolanda investiu em 2024 na ampliação de armazenagem de suas unidades com a instalação de mais quatro silos – um na matriz em Castro e três em Ponta Grossa. A capacidade então passou de 480 mil para 500 mil toneladas de estática.
“Estamos em uma condição favorável e o aumento de produtividade é um impacto bem considerável para os armazéns, tanto soja quanto para o milho, e isso requer um certo cuidado. Mas eu diria que o produtor pode ficar tranquilo porque nós estamos prontos para garantir com total segurança a recepção de toda produção dele até o término da colheita”, afirma Diógenes.
Planejamento
Para a gerente executiva Negócios Agrícola da Castrolanda, Tatiane de Oliveira Bugallo, além de todos os fatores já elencados acima que justificam a alta produtividade, o planejamento também é um fator primordial para que a cooperativa esteja preparada para um bom recebimento dos grãos.
“Para que tenhamos uma boa safra, nós precisamos de uma assistência técnica qualificada, sementes de qualidade, insumos corretos que ajudam na performance do campo para colher os frutos da produção e o pós-colheita que garante a qualidade do produto comercializado”, reforça.
Com relação ao armazenamento, Tatiane lembra que a Castrolanda sempre esteve preparada com espaço para receber todo volume de safra. “O cooperado encontra segurança e qualidade na comercialização, além de um time preparado para a recepção da safra. É um processo grande de preparação para que lá na frente possamos colher os frutos de uma boa produção”, finaliza.
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