FAESP solicita revisão dos valores para armazenagem de grãos à CEAGESP
Atendendo às demandas do setor agropecuário, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) solicitou à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) a revisão dos valores cobrados pelos serviços de armazenagem. Após questionamentos de diversos sindicatos rurais filiados, o departamento econômico da FAESP realizou um levantamento dos preços praticados pela CEAGESP e outros concorrentes do mercado privado.
"Notamos que alguns valores cobrados pelos serviços não diferenciam o produto objeto de prestação de serviço, de modo que os produtores de milho e soja, por exemplo, pagam o mesmo valor pelos serviços de armazenagem. Desse modo, embora haja competitividade no caso do milho, os preços praticados pela CEAGESP na soja são superiores aos concorrentes do mercado", destacou Tirso Meirelles, vice-presidente da FAESP.
Para a entidade, essa discrepância de preços tem afastado os produtores paulistas de soja das unidades da CEAGESP. Considerando que, historicamente, os gastos para a estocagem do milho são maiores que os da soja pelas próprias características intrínsecas dos produtos, normalmente há uma diferenciação dos preços.
A sugestão da Federação é que a CEAGESP revise os valores cobrados desde a recepção, limpeza, secagem e armazenagem dos produtos, diferenciando os preços por commodities. Essa iniciativa refletiria em uma tabela de preços mais competitiva junto ao mercado de armazenagem privado.
Outro ponto reivindicado pela FAESP é a produção de um estudo para a reativação das unidades ociosas na rede armazenadora da CEAGESP. Atualmente, as unidades da CEAGESP de Ourinhos, Ribeirão Preto, Barra Funda e Rincão se encontram desativadas, enquanto a unidade de Itapeva está sendo utilizada com outro propósito.
As solicitações da entidade são fundamentais, considerando que o Estado de São Paulo registrou nos últimos anos elevação na produção de grãos, em especial nos cultivos de soja e milho. A agropecuária paulista necessita de expansão na capacidade estática de armazenagem de grãos.
"Nosso objetivo é contribuir com a CEAGESP, de forma a oferecer serviços, preços e armazenamento adequados, que otimizem a comercialização da produção. A FAESP sublinhou ainda que os estudos devem prever tanto a exploração direta pela companhia como a concessão da operação para a iniciativa privada", reforçou Meirelles.
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