Exportações de carne suína caem cerca de 4% no ano
A ameaça de suspensão das importações dos frigoríficos localizados no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso preocupa muito o setor. A ainda excessiva dependência das exportações de carne suína para a Rússia, como se pode observar nestes últimos meses, deve provocar pressão sobre o segmento. É sempre difícil redirecionar linhas de produção para outros mercados, ou mesmo para o mercado interno, onde o consumo de carne suína in natura ainda é reduzido.
De janeiro a maio, o Brasil exportou 214.101 toneladas e faturou US$ 583, 13 milhões. Isso representou uma queda de 3,88% em volume e um aumento de 7,20% em receita. Para a Rússia, nos cinco primeiros meses deste ano, o Brasil vendeu 84 mil toneladas, pelas quais recebeu US$ 261,58 milhões, uma queda de 18,18% em volume e de 7% em valor.
A Rússia ainda é o principal cliente da carne suína brasileira, com 39,23% de participação nas exportações do produto. Os demais mercados, por ordem de importância, são Hong Kong, Argentina, Ucrânia e Angola.
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Reunião em Brasília - Nesta segunda-feira (6), o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína – ABIPECS, Pedro de Camargo Neto, participou de reunião em Brasília para tratar da ameaça de embargo russo. “A ABIPECS ainda acredita em uma rápida reversão deste quadro”, declara Camargo Neto.
Ele solicitou aos ministros Wagner Rossi (Agricultura) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) a garantia de prioridade para a questão. A ABIPECS pede a entrada no processo do vice-presidente da República, Michel Temer, que esteve em Moscou, recentemente, em contato com o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, que defendeu o comércio de carnes. Camargo Neto também integrou a delegação oficial brasileira em visita à Rússia.
O presidente da ABIPECS destaca confiança na ação do ministro Wagner Rossi, que tem orientado os quadros do Ministério da Agricultura para o imediato atendimento dos inúmeros questionamentos levantados pela autoridade sanitária da Rússia, em reuniões e missões veterinárias realizadas no passado.
Abertura asiática - “É importante observar que, embora a abertura dos mercados asiáticos ainda não tenha ocorrido a tempo para o desvio das exportações de carne suína, os processos caminham muito bem com a recente decisão da China de habilitar três frigoríficos brasileiros, o agendamento da missão veterinária do Japão para a primeira quinzena de agosto e o atendimento das dúvidas da Coreia, possibilitando a finalização dos processos de abertura de novos mercados”, afirma Pedro de Camargo Neto.
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