Brasil corre risco de perder posto de maior exportador mundial de carne de frango
Pois pelas últimas projeções do FAPRI, divulgadas agora em abril, a permanência do Brasil como maior exportador mundial de carne de frango tende a se esgotar no final desta década. Ou seja: dentro de 10 anos, em 2021, a avicultura brasileira poderá estar, novamente, ocupando apenas a segunda posição no comércio internacional de carne de frango.
Nas previsões do FAPRI, que agora se estendem até 2025, no fim do primeiro quarto deste século as exportações mundiais de carne de frango estarão muito próximas dos 12 milhões de toneladas, o que significa que devem evoluir (a base é 2010) a uma média de quase 3% ao ano, acumulando no final do período evolução ao redor de 54%.
Porém, ao contrário do que vem ocorrendo há mais de uma década, o futuro dessas exportações não terá mais o Brasil como país de sustentação. Tomando como base exportações de pouco mais de 3,8 milhões de toneladas em 2010, o FAPRI sugere que, doravante, as vendas externas brasileiras de carne de frango evoluirão a uma média de apenas 1,6% ao ano. Dessa forma, terão acumulado, no total, incremento próximo mas inferior a 27%, índice que corresponde a exportações ainda inferiores a 4,9 milhões de toneladas em 2025.
Para o FAPRI, exportadores menores - como Tailândia, União Europeia e Austrália - terão, em conjunto, expansão maior que a do Brasil – algo em torno dos 50% de 2010 para 2025. Mas enquanto a participação brasileira estará em torno de 42% do total exportado, a desses países não passará de 12%.
E quem fica com os 46% restantes? Os EUA, claro. Que, nas previsões do FAPRI, devem – doravante e até 2025 – expandir suas exportações de carne de frango a uma média de, pelo menos, 4,4% ao ano. Dessa forma, o volume de 2,8 milhões de toneladas alcançado em 2010 deve subir em 2025 para mais de 5,4 milhões de toneladas, uma evolução de cerca de 93% em uma década e meia.
Claro, são apenas projeções, sujeitas à intervenção de inúmeras variáveis. E que, além disso, destoam totalmente do comportamento pregresso dos dois maiores exportadores mundiais de carne de frango. Porém, diante da reconhecida redução de competitividade do frango brasileiro e do aumento das dificuldades internas de produção, essas projeções merecem profunda avaliação - desde já.
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