USDA projeta redução de importações de carne suína pela China a níveis pré-PSA em 2024

Publicado em 15/07/2024 14:55
Grandes players exportadores da proteína suinícola terão que buscar outros mercados importadores, mas estes não suprirão na totalidade a lacuna deixada pelo gigante asiático

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De acordo com relatório trimestral do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) sobre comércio, produção, consumo e estoques de carnes dos EUA e do mundo, a perspectiva é de que neste ano de 2024, a China diminua as importações de carne suína em 21% em relação ao ano passado. Isso, segundo o Departamento, faria o gigante asiático a voltar a importar um volume da proteína suinícola na ordem de 1,5 milhões de toneladas, o menor desde 2019.

Esta redução nos volumes importados faz o total de carne suína internalizado no país remontar à época pré-Peste Suína Africana (PSA), doença que dizimou praticamente metade do rebanho suíno da China a partir de meados de 2018. Apesar desta projeção de redução no volume importado, segundo o USDA a China deve permanecer sendo o maior importador mundial de carne suína.

Quando a crise da Peste Suína Africana estava no auge na China, no ano de 2020, as importações de carne suína por parte do país representavam uma fatia de 13% no consumo chinês. À medida em que a doença começou a ser controlada e os plantéis suínos chineses passaram a retomar números melhores, a participação das importações foi diminuindo, ao passo em que a produção interna se recuperou da doença e retornou aos níveis pré-PSA em 2022. 

Devido, em parte, à abundante oferta interna na China, os preços da carne suína acabaram permanecendo por um bom tempo em patamares baixos desde o início de 2023, enfraquecimento da procura de importações. Os preços médios relatados para a carne suína foram 10% inferiores durante o primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023 e 56% menores que os do primeiro trimestre de 2021. 

“Para muitos grandes fornecedores estrangeiros, é difícil que as suas exportações permaneçam competitivas no mercado chinês devido aos baixos preços internos”, apontou o USDA.

Os principais fornecedores globais de carne suína para a China – incluindo a União Europeia, o Brasil e os Estados Unidos – deverão procurar mercados alternativos, conforme explica a análise descrita no reporte do USDA. No entanto, estes mercados compensarão apenas parcialmente a queda da demanda da China. Como resultado, espera-se que a concorrência aumente em outros grandes mercados importadores, incluindo o Japão, Coreia do Sul e Filipinas.
 

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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