Suinocultura independente: preços sobem na maioria das praças, carregando altas do final de abril
O mercado da suinocultura independente registrou altas nas bolsas de suínos realizadas na maior parte das praças nesta quinta-feira (16). De acordo com lideranças da área, as perdas de animais no Rio Grande do sul devido às enchentes causam ainda reações nos preços, além da a oferta de suínos vivos ajustada à demanda em cada região produtora.
Em São Paulo houve aumento, passando de R$ 7,20/kg vivo para R$ 7,36/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
"A alta é baseada na boa procura por animais vivos no Estado de São Paulo, apesar da grande disputa existente no mercado do suíno abatido. Mas os frigoríficos que operam 100% em São Paulo acharam que o mercado tem condição de assimilar esta alta, já que chegamos a praticar durante a semana R$ 10,70 a R$ 11,00 o quilo do abatido. O mercado sofre especulações, mostra que está bem regulado entre oferta e demanda, e o que vai influenciar nas próximas semanas é o mercado de exportações, principalmente agora com a entrada das Filipinas", disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.
No mercado mineiro, o valor ficou estável em R$ 7,30/kg vivo, sem acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
"Os preços continuam reagindo à alguma escassez que vem do Sul, porém, o equilíbrio entre a restrição de oferta e demanda da segunda quinzena é um desafio extra a ser absorvido por todos os participantes do mercado", disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.
Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal subiu, saindo de R$ 6,33/kg vivo para R$ 6,53/kg vivo.
"O mercado está um pouco mais promissor. Vemos que Santa Catarina está batendo recorde de exportação de carne suína, o mercado interno também melhorando um pouco. Acredito que parte deste aumento de preço também foi em relação ao que está acontecendo no Rio Grande do Sul, demandando lotes de animais em outros locais. Os custos de produção, entretanto, acabaram subindo também", destacou o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.
No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 09/05/2024 a 15/05/2024), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 8,79%, fechando a semana em R$ 6,37/kg vivo.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente baixa, podendo ser cotado a R$ 6,15/kg vivo", informa o reporte do Lapesui.
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