CNA destaca importância de tornar o Brasil livre de Peste Suína Clássica

Publicado em 10/05/2024 17:02
Entidade participou de evento realizado no Ministério da Agricultura, na quinta (10)

Em evento sobre os avanços do Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica (PSC) realizado, na quinta (9), a CNA destacou a importância de o país avançar com as zonas livres da doença para garantir a sanidade do rebanho e alavancar o desenvolvimento da suinocultura brasileira.

O encontro foi promovido pelo Ministério da Agricultura e teve o apoio da CNA, das Associações dos Criadores de Suínos (ABCS) e de Proteína Animal (ABPA), do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e da Secretaria de Agricultura de Alagoas.

A Peste Suína Clássica é uma doença causada por um vírus, caracterizada por ser altamente contagiosa, sem tratamento e cura. É considerada pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) uma enfermidade de notificação compulsória.

Atualmente, a zona livre de PSC abrange 16 estados e a zona não livre 11 estados (Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Pará, Amapá, Roraima e parte do Amazonas). O último foco registrado no país foi no ano passado, no estado do Piauí.

Na busca por erradicar a enfermidade nas zonas livres, o Mapa, em parceria com a iniciativa privada, estruturou o Plano Estratégico Brasil Livre de PSC que inclui ações para fortalecer a vigilância contra a doença e o desenvolvimento de um programa de vacinação regionalizado. O estado de Alagoas foi escolhido para a implementação do projeto piloto da campanha de vacinação. A CNA foi uma das apoiadoras do projeto.

Na abertura do evento, o presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Adroaldo Hoffmann, ressaltou a importância da iniciativa público-privada que conseguiu vacinar, em média, 130 mil suínos em cada etapa da campanha, totalizando mais de 648 mil imunizações entre 2021 e 2023 em mais de 5,5 mil propriedades rurais.

“Esse trabalho foi feito a várias mãos e deve ser replicado em outras regiões. Os produtores, principalmente os pequenos, precisam do nosso apoio para desenvolver a cadeia produtiva, sustentar suas famílias e produzir alimento para o povo brasileiro”.

Para Hoffmann, a suinocultura brasileira desempenha papel social importante na pecuária, uma vez que nas pequenas propriedades, a exemplo de Alagoas, os produtores conseguem criar os suínos para subsistência e vender os animais excedentes para dar qualidade de vida à sua família.

“Trabalhando em conjunto podemos transformar a produção em grande escala para o consumo interno brasileiro e para exportação, com segurança alimentar, cumprindo sua função social do setor”, disse o presidente.

Durante o encontro, o assessor técnico da CNA, Rafael Ribeiro, fez uma apresentação com uma análise dos impactos socioeconômicos da PSC e falou sobre os benefícios de avançar com as zonas livres da doença, que incluem oportunidades de abertura de mercados para exportação, aumento do consumo doméstico, desenvolvimento da cadeia produtiva e garantia da segurança alimentar.

“Os principais concorrentes do Brasil são zonas reconhecidas como livre da Peste Suína Clássica. No país, a zona não livre representa cerca de 6 milhões de suínos ou 13,4% do rebanho nacional, por isso é fundamental inserir esses estados na zona livre”.

Rafael também apresentou possíveis cenários em casos de surto da doença no país. “Conforme o grau de complexidade e área afetada, os prejuízos podem variar de R$ 95 milhões até R$ 35 bilhões”.

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Fonte:
CNA

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