Menor produção de suínos na China em 2024 deve trazer de volta demanda por maiores volumes da carne brasileira, aponta Itaú BBA
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), projeta que a produção de carne suína na China deva cair 3% neste ano de 2024, após crescimento de 2,7% em 2023. Segundo relatório divulgado pelo Itaú BBA, este recuo previsto para a China este ano equivale a 1,7 milhão de toneladas, e isso deve se refletir em maiores volumes importados. "Estima-se aumento de 16,9%, num total de 2,25 milhões de toneladas, 325 mil toneladas a mais" informa a análise.
A elevação da produção de carne suína na China no ano passado afetou as exportações brasileiras, que recuaram em 16% os embarques para o gigante asiático, o equivalente a 70 mil toneladas. Entretanto, a análise do banco pondera que este volume que deixou de ir para a China acabou sendo enviado para outros mercados parceiros do Brasil.
"Com menor produção prevista para a China neste ano, o Brasil poderá voltar a expandir as vendas para os asiáticos, afinal, a necessidade de importação adicional em 2024 estimada para a China é quase cinco vezes maior que a queda das vendas do Brasil para aquele mercado no ano passado", informa a análise do Itaú BBA.
Para o cenário doméstico, o banco destaca que um ajuste na produção em 2022 que refletiu em uma moderação no ritmo de produção em 2023 deve se reverter com uma leve alta em 2024. "No curto prazo, o custo maior do milho na ração vem sendo moderado pela queda do farelo de soja, sem grandes impactos até aqui, mas acreditamos que a menor disponibilidade do cereal no Brasil impõe um viés de alta no custo da suinocultura, por isso a importância do ritmo de produção seguir controlado".
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