Suinocultura independente: melhoram expectativas para o setor neste final de ano, mas agentes são unânimes em dizer que prejuízos estão consolidados
Ainda que o mês de novembro esteja se encaminhando para o final, o que, em tese, colocaria pressão de baixa no preço do suíno, nesta quinta-feira (25) as principais bolsas de suínos do mercado independente registraram cotações estáveis ou em alta. Apesar disso, lideranças ainda se preocupam, já que os valores pagos pelos animais ainda estão abaixo dos custos de produção, e a sinalização é de terminar 2021 no prejuízo.
Em São Paulo, conforme dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o preço do animal vivo ficou estável em R$ 8,00/kg. De acordo com o informativo da APCS, durante a reunião foi unânime as expectativas positivas para as próximas semanas, baseado na entrada do 13º salário, mercado externo abrindo novamente e o espírito do brasileiro em sair de casa para fazer turismo. Prova disso são os números da rede hoteleira que estão com um percentual de lotação ótimo para o final de ano.
No mercado mineiro, ficou mantido o mesmo preço da semana anterior, R$ 7,50/kg vivo, de acordo com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
Segundo o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles, no momento atual o valor acordado representa o melhor equilíbrio entre todos os agentes da cadeia de produção, oferta, procura e expectativas. "Isso continua favorecendo as vendas que entrarão no final de ano com o menor estoque de animais disponíveis para venda desde que começamos medir 4 anos atrás", disse.
Santa Catarina registrou leve alta, passando de R$ 7,12/kg vivo para R$ 7,18/kg, de acordo com dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). O presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi, pontua que apesar da reação no preço e da procura maior por lotes de animais, há dificuldade em, pelo menos, empatar com os custos de produção.
"Acredito que essa melhora seja fruto da perspectiva psicológica do mercado, tento em vista que ouvimos sobre a Rússia voltando às compras. Vamos acreditar que teremos um ganho um pocuo melhor nas próximas semanas, mas inevitavelmente vamos finalizar 2021 com um grande prejuízo", disse Lorenzi.
No estado do Paraná, Considerando a média semanal (entre os dias 18/11/2021 a 24/11/2021), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 3,22%, fechando a semana em R$ 6,77.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,99/kg", informou o reporte do Lapesui.
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