Frango: mercado registrou movimentos distintos entre as negociações domésticas e as exportações em maio
O mercado de carne de frango registrou movimentos distintos entre as negociações domésticas e as exportações em maio. Enquanto as vendas nacionais foram marcadas pela menor liquidez, por aumento nos estoques e por consequente queda nos preços, as exportações estiveram aquecidas, registrando o maior volume de proteína avícola escoado pelo Brasil desde julho de 2018. Neste caso, a demanda chinesa intensa é que tem impulsionado os embarques totais do Brasil ao longo dos últimos meses.
Na Grande São Paulo o frango inteiro congelado se desvalorizou 3,4% de abril para maio, com a média a R$ 4,10/kg no último mês. Além disso, a média de maio ainda esteve 14,7% abaixo da verificada em maio de 2019, em termos nominais. Para o produto resfriado na mesma região, a cotação foi a R$ 3,96/kg, quedas de 3,2% frente à de abril e de 17,4% na comparação com maio de 2019.
Segundo dados da Secex, o Brasil exportou 372,5 mil toneladas de carne de frango in natura em maio, volume 16,1% acima do verificado no mês anterior e ainda 4,3% maior que em maio de 2019. Com incremento no volume e o câmbio bastante elevado, a receita em Reais obtida pelo setor foi significativamente valorizada, atingindo novo patamar recorde, de cerca de R$ 2,82 bilhões.
ANIMAL VIVO – A menor demanda doméstica por carne também limitou a procura de frigoríficos por novos lotes de frango vivo, uma vez que parte das indústrias chegou a reduzir a produção. Apesar da diminuição nas vendas, os preços tiveram pouca alteração. Em maio, no estado de São Paulo, o animal teve média de R$ 2,91/kg, leve queda de 0,1% frente à do mês anterior, mas 17,5% abaixo da observada em maio/19, em termos nominais.
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