Alta em Minas Gerais marca início da recomposição de preço do frango vivo
Ontem, 19, o frango vivo disponibilizado em Minas Gerais obteve na venda um acréscimo de 10 centavos, sendo comercializado por R$3,10/kg. O reajuste ocorreu exatos 10 dias depois da última alta, desta vez por razão diferente: os 10 centavos adicionais obtidos em 9 de maio foram reflexo do aumento de demanda visando ao consumo do Dia das Mães; o incremento desta terça-feira, 19, resulta de uma menor oferta e – tudo indica – marca o início da recomposição de preços no setor.
Aponta nessa direção o fato de o reajuste ter ocorrido na segunda quinzena, às vésperas do início do terceiro decêndio do mês, período em que, normalmente, a procura reflui e, em geral, os preços acompanham. Ou seja: independentemente dos níveis de consumo, a oferta agora se encontra melhor ajustada à demanda.
Com certeza não por coincidência, esta última alta – que, se supõe, será apenas a primeira de uma série de ajustes – acontece entre 9 e 10 semanas após o início das quarentenas contra a Covid-19, ou seja, no prazo justo para a incubação de um pinto (três semanas) e sua subsequente criação (cerca de cinco-seis semanas). Quer dizer: reduções ainda maiores estão por vir.
Já foi dito, mas não custa repetir: mais do que desejada, a recuperação de preços tornou-se imperiosa. Porque há várias semanas o setor vem operando onerosamente, ou seja, suportando custos superiores aos valores de venda. É algo que não pode perdurar.
Como informação final é oportuna a observação de que, no interior de São Paulo, a cotação do frango vivo permaneceu inalterada em R$3,00/kg, valor alcançado, também, no dia 9 de maio. Como, porém, o mercado permanece extremamente firme entre os produtores paulistas, ajustes podem ocorrer ainda nesta semana. Apesar do fim do mês estar mais próximo.
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