Exportações de suínos aumentam 14,5% e de frango, 2,4%; China domina volumes embarcados
Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgados nesta quinta-feira (12), houve crescimento de 14,5% nas exportações da carne suína, que passou de 646 mil toneladas de janeiro a novembro de 2018 para 740 mil toneladas em 2019. O aumento nos embarques de frango também teve aumento, mas mais tímido, 2,4% a mais de janeiro a novembro deste ano em relação ao período no ano passado.
Em matéria de faturamento, para as exportações de frango no período houve crescimento de 6,1%, atingindo US$ 6,1 bilhões, enquanto para a proteína suína, o aumento foi de 27,9% em 2019. A receita passou de US$ 1.105 milhões de janeiro a novembro de 2018 para US$ 1.413 milhões este ano.
Para os dois setores, a China representou este ano, até novembro, o principal comprador das proteínas em matéria de volume. No caso do frango, o país asiático adquiriu 513 mil toneladas, aumento de 28% frente ao período no ano passado. De carne suína, a China importou do Brasil este ano 218 mil toneladas, o que significa 32,7% do que foi embarcado. Do ano passado para cá, o aumento nas compras foi de 51%.
O Paraná é o estado responsável pela maior parte dos embarques de frango e do faturamento, com aumento de 2% e 7%, respectivamente. Destaque também para o crescimento de 29% dos embarques das aves do Rio Grande do Sul e 34% no faturamento.
No caso dos suínos, o principal estado exportador segue sendo Santa Catarina, que aumentou em 14% os embarques. Entretanto, vale destacar o aumento das exportações de suínos por Minas Gerais, que cresceu 28% em quantidade e 12% em faturamento, e pelo Mato Grosso, que aumentou 44% no volume e 33% na receita.
De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Suínos, Losivânio di Lorenzi, o setor de suínos expandiu seu mercado não só para a China, mas também para o méxico, Hong Kong e, para 2020, apostam no Japão como importados em potencial.
Segundo Érico Pozzer, presidente da Associação Paulista de Avicultura (APA), o setor viu o aumento das importações de frango pela China como uma compensação pela perda de espaço no México e no Chile. "Com o câmbio do dólar estabilizado em mais de R$ 4, os preços para exportação ficaram mais atrativos, e acabou melhorando o mercado interno também", afirma.
Quando o assunto é receita, o estado que mais teve aumento com as exportações foi o Rio Grande do Sul, com 45% a mais faturado este ano. Entretanto, Santa Catarina permanece sendo o estado que mais fatura com a exportação do produto, US$ 767 milhões este ano, 29% a mais que ano passado.
Lorenzi acredita que as exportações de suínos vão continuar a aumentar ano que vem, porque apesar das "notícias especulativas" de que a China está começando a se recuperar do surto de Peste Suína Africana, o país deve demorar de dois a três anos para se reerguer.
-- "Por mais que a China tenha aceitado importar proteína suína dos Estados Unidos, nós vamos continuar por um longo período exportando para a China. Acredito que pela qualidade e o preço as exportação brasileira continuarão competitivos em relação ao que é oferecido pelos outros países", afirma.
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