Argentina reclama demora de liberação de leite em pó para ingressar no mercado brasileiro
Os argentinos reclamam que, embora não de maneira generalizada, o Brasil começou a atrasar a liberação de licenças não automáticas de importação para o leite em pó proveniente do país vizinho.
Desde 2009, as indústrias da Argentina possuem um acordo com os brasileiros para colocar seus produtos no mercado. A exportação começou com 3.600 toneladas por mês e, em 2017, foi ampliada para até 5.000 toneladas, embora o setor esteja enviando 4.500 toneladas mensais.
Este convênio terá fim no próximo mês de maio, a partir de quando os empresários argentinos poderão exportar sem limites, assim como o Uruguai, que também exporta seu produto ao Brasil.
"A liberação dos produtos está demorada", contou um industrial que não quis se identificar. "O Brasil está nos meses de menor produção e já está complicando a entrada. Imagina o que irá ocorrer na primavera", agregou.
Miguel Paulón, presidente do Centro da Indústria Leiteira (CIL), disse que os atrasos vêm ocorrendo há um mês, mas que estes "não são generalizadas" e que são apenas 100 a 200 toneladas que aguardam o visto do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Contudo, o que preocupa os argentinos é que o Brasil não vem dando respostas.
No ano passado, de 89.097 toneladas de leite em pó exportadas pela Argentina, 42.661 toneladas foram enviadas ao Brasil, que foi o principal comprador. Os envios caíram 4% em relação a 2016.
Tradução: Izadora Pimenta
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