Mercado interno trava reação na remuneração paga ao suinocultor
Apesar de algumas empresas anunciarem ampliação na linha de abate, o mercado independente de suínos permanece travado. Mesmo no mês de outubro, período em que historicamente o valor pago pelo quilo do suíno vivo tende aumentar, os produtores não tiveram ajustes na remuneração. Na última semana do mês, a bolsa de suínos de Santa Catarina permanece congelada a R$ 3,80 – preço estabelecido desde o dia 18 de setembro.
Conforme analisa o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, com a elevação do dólar os principais insumos utilizados na fabricação da ração animal apresentaram alta. “O custo de produção hoje gira em torno de R$ 3,40, fator que deixa a margem de lucro do produtor exprimida”, argumenta Losivanio.
Apesar das exportações de carne suína catarinense estar em bons patamares, o mercado interno não sustenta melhores ganhos aos produtores, uma vez que o país está com quase 14 milhões de desempregados. “Precisamos analisar o cenário antes de ampliar o plantel, pois quem paga a conta pelo excedente de produção somos nós produtores”, afirma o presidente da ACCS.
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