Suínos: Representantes avaliam 2016 em assembleia da ACCS
Membros da diretoria da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) e representantes dos núcleos regionais e municipais participaram da assembleia anual da entidade, realizada na sexta-feira passada (9). Ao longo do encontro, foram apresentadas as principais ações da ACCS em 2016 e também projeções para o próximo ano. “Foi um ano de grandes dificuldades para o setor, mas a ACCS sempre apresentou as melhores alternativas. Infelizmente, o nosso setor político deixou a desejar. Eles não colocaram em prática as alternativas sugeridas e o nosso produtor pagou a conta”, disse o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi.
O alto custo de produção e a baixa remuneração paga ao produtor foram fatores que contribuíram para o desequilíbrio do setor. O país também atravessou um dos piores momentos econômicos da história, que resultou em mais de 12 milhões de desempregados e queda no consumo interno. “Os produtores independentes foram os que mais sofreram porque eles arcam com todos os custos na produção, mas sem garantia de rentabilidade. Muitos deles tiveram de abandonar a atividade porque não viram mais um horizonte promissor. O que nos conforta é saber que os suinocultores têm consciência de que a ACCS se empenhou para buscar as melhores alternativas”.
Para Ricardo Pernlochner, presidente do Núcleo Municipal de Treze Tílias e membro da diretoria da ACCS, a assembleia e as demais reuniões promovidas pela entidade servem para apresentar ideias que promovam melhorias na atividade. “As pessoas que fazem parte da ACCS têm conseguido encontrar maneiras para driblar as dificuldades”.
Conquistas
Dentre os inúmeros feitos pela entidade em 2016, o presidente da ACCS salientou a inauguração da Central de Coleta e Difusão Genética, que vai garantir ao produtor catarinense o melhor da genética animal do mundo e assegurando o status sanitário de Santa Catarina. “Essa é umas das centrais mais modernas do país e possivelmente a primeira construída dentro das normas do bem estar animal. O produtor vai conseguir melhorar a sua produtividade e melhorar sua margem de lucro”.
Outro feito inédito foi o 1º Concurso de Culinária à Base de Carne Suína da ACCS, ação elaborada para impulsionar o consumo da proteína no país. “No concurso nós mostramos que a carne suína é saborosa, pode ser preparada por profissionais ou cozinheiros do dia a dia e que ela faz bem à saúde”.
Avaliação
O secretário do Núcleo Municipal de Tunápolis Marino José Frey enfatizou a relevância da ACCS na formação das Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs) e também na elaboração de uma metodologia unificada dos custos de produção na região Sul – trabalho que conta com a participação de entidades e associações do Paraná e do Rio Grande do Sul. “Os primeiros resultados positivos já são sentidos na nossa região ao analisar os resultados dos nossos lotes entregues à empresa”.
Apesar das dificuldades, Neuro Aloisio Bach, presidente do Núcleo Municipal de Itá, acredita que 2017 será um ano mais próspero para os suinocultores. “A ACCS mostra que precisamos ter esperança”.
Expectativa para 2017
A ACCS projeta que o ano de 2017 deve ter melhoras para o setor, com custos de produção mais baixos, já que as safras de milho e soja deverão ser recordes. “Também devemos ter um aumento no preço pago ao produtor pelo quilo do suíno. As exportações serão boas em 2017 e a economia brasileira deve se recuperar a partir do segundo semestre”, analisou Losivanio.
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