Frango Vivo: Oferta elevada e baixa demanda derrubam preços em MG e SP nesta semana
O mercado do frango vivo encerra mais uma semana com queda de preços pago ao produtor independente. A oferta elevada e baixa demanda impediram a continuidade no movimento de alta que foi observado no final do ano passado.
Somente nesta semana, a cotação nas granjas paulistas saiu de R$ 2,80/kg para R$ 2,50/kg, apresentando uma desvalorização de 10,71% no período. Em Minas Gerais não foi diferente, nos últimos sete dias o quilo do animal vivo pago ao produtor independente caiu 5,56%, deixando os R$ 2,70/kg para R$ 2,55/kg.
Desde o inicio do mês, o frango em Minas retrocedeu de R$ 3,00 para R$ 2,50 o quilo. Já em São Paulo a cotação recuou de R$ 3,10 para R$ 2,55/kg. No oeste do Paraná o preço teve baixa de R$ 2,75 para R$ 2,45.
De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a elevada ofertas provenientes das integrações, e a menor demanda - típica deste período do ano - fizeram com que os preços do frango vivo tiveram forte depreciação ao longo do mês.
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De acordo com o relatório semanal do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), embora as cotações venham cedendo no decorrer deste mês, os patamares se mantêm acima dos valores praticados há um ano em termos reais.
Com a queda nas cotações e o aumento dos custos, muitos avicultores já trabalham no vermelho em 2016. O aumento no custo do milho e do farelo de soja nos últimos meses tem afetado os gastos com a alimentação das aves que já alcançou a pior relação de troca dos últimos doze meses.
Para fevereiro, o cenário ainda tende a ser de forte pressão interna, ainda que haja a tradicional melhora na demanda durante a primeira metade do mês. “Não vejo, ao menos por enquanto, uma expectativa de melhora nos preços, pois o custo segue muito alto e a oferta de carne de frango está elevada internamente. Demorará algumas semanas para que esse excedente possa ser enxugado”, avalia.
Exportações
E mesmo com o bom desempenho das exportações neste inicio de ano, as cotações não consegue avançar. Dados parciais divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), apontam que 15 dias úteis foram exportados 220,1 mil toneladas, com média diária de 14,7 mil toneladas.
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Comparando as médias diárias, houve um recuo de 10,8% em relação a dezembro do ano passado. Mas em relação a janeiro de 2015 há um crescimento de 24,6 % na média de volumes embarcados. Em receita, a soma é de US$ 298,5 milhões.
Leilão da Conab
Também nesta semana a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) definiu os preços para o leilão de milho que acontecerá na próxima segunda-feira (01). Em nota a Companhia reportou que nas duas primeiras operações serão vendidas 150 mil toneladas, com valores entre R$ 20,34 a R$ 25,20 a saca de 60 kg.
"O volume negociado na primeira operação será de 40.326.387 kg de milho em grãos, a granel e ensacado. O lote 1, em torno de 556,473 toneladas do grão com origem de Mato Grosso do Sul, terão preço inicial de R$ 23,10 a saca. Os demais lotes, de 2 a 10, negociarão 39.769,914 mil toneladas e terão como origem o Mato Grosso. A cotação inicial será de R$ 20,34 a saca de 60 kg", declarou.
O cereal leiloado será destinado aos criadores de aves, suínos e bovinos, com objetivo de reduzir os custos com a alimentação animal a base do milho.
Produção 2015
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), informou nesta semana que a produção brasileira de carne de frango totalizou no ano passado 13,146 milhões de toneladas, volume 3,58% superior ao registrado no ano de 2014.
Com este resultado, o Brasil se consolidou como segundo maior produtor de carne de frango do mundo, superando a China – que produziu no ano passado 13,025 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, em inglês).
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