Suíno Vivo: Semana encerra negativa em grande parte das praças de comercialização
Nesta sexta-feira (15), os preços para o suíno vivo encerraram o dia em baixa. Em Santa Catarina, a bolsa de suínos definiu referência em R$ 3,45/kg – que antes estava em R$ 3,70/kg. A região não é a única a encerrar a semana com preços menores, visto que em Rio Grande do Sul houve nova baixa de preços nos últimos dias.
A pesquisa semanal realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) apontou para uma queda de R$ 0,08 nos preços médios pagos aos suinocultores independentes. Com isso, a referência do estado gaúcho passa de R$ 3,71/kg para R$ 3,63/kg. Para os produtores integrados, a média de preços também teve uma baixa e passa a ser de R$ 3,05 pelo quilo. Por outro lado, as cotações médias para o milho e farelo de soja tiveram aumento e são negociados, respectivamente, a R$ 33,50 pela saca e R$ 1.285,00 por tonelada.
Já em São Paulo, a bolsa de suínos definiu referência estável entre R$ 78 e R$ 80/@ - o mesmo que R$ 4,16 a R$ 4,27/Kg. Há algumas semanas a praça registra manutenção de preços.
Em Minas Gerais, também houve estabilidade na referência nesta semana, visto que novamente não houve acordo entre suinocultores e frigoríficos. De acordo com informações da Asemg (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), os produtores esperam crescimento na comercialização para os próximos dias, além de citarem que o peso dos animais está abaixo. Frigoríficos estão alegando a dificuldade para repassar valores.
O levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, mostra que na semana, a maior baixa registrada foi em Santa Catarina, com um decréscimo de 6,76%. Já no Rio Grande do Sul, houve a queda de 5,71% nos últimos dias. Além destas regiões, a BRF e a Aurora, em Santa Catarina, também registraram queda nos preços pagos aos suinocultores integrados. Veja no gráfico:
De acordo com o Cepea, os atuais patamares de preços são os menores desde 2012, refletindo uma demanda enfraquecida após o período de festas e as dificuldades econômicas do Brasil. “Como resultado, já estaria havendo algum excedente de oferta. Nem o bom ritmo das exportações tem sido suficientes para cessar as quedas de preços do vivo que persistem desde meados de dezembro”, apontam os pesquisadores.
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Custos de produção
Os custos de produção passaram a ser uma das maiores preocupações para o setor neste início de 2016. Com o volume recorde para as exportações de milho – favorecidos pela alta do dólar -, avicultores têm enfrentado diversas altas para o insumo e dificuldades para a adquirir o cereal.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, O presidente da divisão de aves da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Ricardo Santin, aponta que em algumas regiões a aumento do valor da saca chega em até 20%, apenas nas duas últimas semanas. Com isso, a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) aponta que deve haver um aumento de preços para as carnes de aves e suínos e também para ovos.
A associação acredita que a importação de países do Mercosul - como Paraguai, Argentina e Uruguai - possa ser uma opção para que não haja maiores prejuízos ao setor e ao consumidor final. “A primeira safra é insuficiente para atender a demanda interna, ainda mais com a exportação aquecida. A escassez de produto disponível e o custo do transporte para trazê-lo do Centro-Oeste criam dificuldades até para manter os mesmo níveis de produção na avicultura e na suinocultura, que estão gradativamente sendo reduzidos”, aponta o presidente da ABPA, Francisco Turra.
Em Santa Catarina, os custos de produção estão acima da atual referência praticada, segundo o presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi. Atualmente, há negócios entre R$ 3,40 e 3,50 por quilo para os independentes, enquanto os custos de produção giram em torno de R$ 3,70/kg.
Já no Rio Grande do Sul, os custos estão muito próximos da referência. Em entrevista ao Notícias Agrícolas na última semana, o presidente da ACSURS, Valdecir Folador, apontou para um início de ano com pressão nas cotações e custos de produção mais altos. “Hoje o custo de produção já gira em torno de R$ 3,20 a R$ 3,00 o quilo, então o produtor acaba ficando com a margem bastante apertada", declara Folador.
» Assista entrevista na íntegra com o presidente da ACSURS, Valdecir Folador
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Exportações
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou nesta tarde, números parciais de embarques para o mês de janeiro para a carne suína in natura. Em cinco dias úteis, 10,8 mil toneladas, em uma média diária de 2,2 mil toneladas. Em receita, os embarques somam US$ 19,8 milhões.
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