Suíno Vivo: Primeira semana do ano encerra com preços estáveis e cenário de pressão
Nesta sexta-feira (08), as cotações para o suíno vivo encerram o dia estáveis nas principais praças de comercialização. Nesta semana, praticamente em todas as regiões não houveram mudanças de preços, com exceção do Rio Grande do Sul que registrou uma baixa de R$ 0,05. De acordo com o presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Valdecir Folador, os preços médios no estado passaram de R$ 3,70 pelo quilo - enquanto há um ano as cotações estavam em R$ 4,30/kg.
No início da semana, a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) divulgou valor atualizado para a arroba suína, que fechou entre R$ 78 a R$ 80 – o equivalente a R$ 4,16 e R$ 4,27 pelo quilo. Já em Minas Gerais, a bolsa de suínos do estado definiu manutenção dos preços neste início de ano. Com isso, a referência para a região é de R$ 4,40 pelo quilo do vivo.
De acordo com informações da ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), frigoríficos e produtores não chegaram a um acordo em relação a referência. Por isso, optaram pela manutenção, devido os resultados positivos na comercialização para o Natal e Ano Novo, que subiram respectivamente 9,09 e 5,82%.
Porém, o cenário é de pressão para a proteína neste início de ano. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ACSURS aponta que com o consumo menor – típico do período do ano – deve ter pressão nos preços. Além disso, os custos de produção tendem a continuar subindo e reduzindo ganhos dos suinocultores. “Hoje o custo de produção já gira em torno de R$ 3,20 a R$ 3,00 o quilo, então o produtor acaba ficando com a margem bastante apertada", declara Folador.
» Assista entrevista na íntegra com o presidente da ACSURS, Valdecir Folador
Os pesquisadores do Cepea também apontam que o cenário é de pressão para o mercado de suínos neste início de ano. “As altas temperaturas tendem a inibir o consumo de carne suína, reduzindo, consequentemente, as vendas de animais”, explica o boletim. Por outro lado, pode existir uma procura por parte dos frigoríficos para repor as vendas do final de ano – limitando as baixas de preços.
Rabobank
Nesta semana, o Rabobank divulgou relatório com perspectivas para o agronegócio brasileiro em 2016 e aponta que o cenário externo deve ser a maior aposta para o setor suinícola neste ano. Principalmente, com a abertura de novos mercados, a boa manutenção do controle sanitário e a desvalorização cambial. Além disto, as exportações para China devem crescer neste ano, após a produção de suínos do país asiático apresentar redução de 1% em 2015 e apresentar expectativas de estagnação para 2016.
Os pontos negativos para o setor ficam com o aumento dos custos de produção, elevados pela alta do milho e farelo de soja. Também chamam a atenção para a concentração de vendas para poucos países, incluindo alguns instáveis, como a Rússia.
Exportações
Em dezembro, as exportações de carne suína in natura apresentaram ligeira baixa em relação a novembro – quando registrou volume recorde. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgados nesta tarde, em 22 dias úteis foram embarcados 37,6 mil toneladas com média diária de 1,7 mil toneladas. Por outro lado, o resultado do mês é superior em 19,8% a dezembro de 2014.
Em receita, os dados apontam para a soma de US$ 71,7 milhões, com o valor por tonelada em US$ 1.905,60. Em comparação com o mês anterior, a baixa é de 46,6%, enquanto em relação a dezembro de 2014 é de uma queda de 22,2%.
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