Nestlé nos EUA adota política contra galinhas engaioladas
NOVA YORK (Reuters) - A Nestlé informou nesta terça-feira que irá parar de usar ovos produzidos por galinhas em gaiolas em seus produtores até 2020, fazendo dela a maior das empresas de alimentos processados a abolir a prática em meio à pressão de consumidores e grupos de direitos do animais.
A companhia, maior fabricante global de alimentos, disse que usa cerca de 20 milhões de libras de ovos anualmente para produzir produtos como biscoitos e sorvetes.
Atualmente, todo o fornecimento de ovos para as operações da Nestlé nos Estados Unidos vem de granjas que utilizam gaiolas, disse em entrevista o presidente da empresa para assuntos corporativos nos EUA, Paul Bakus.
A decisão ocorre em um momento em que a indústria de alimentos está sob forte pressão de grupos ativistas que têm tido sucesso em convencer muitas companhias em adotar práticas de bem-estar animal.
Empresas também têm dito que consumidores estão prestando mais atenção às técnicas de produção dos alimentos, levando o setor a mudar a originação de suas matérias-primas.
Bakus disse que a transição para a produção de ovos sem gaiolas é apoiada pelos atuais fornecedores da Nestlé e que a mudança não deverá aumentar significativamente os custos dos ovos para a empresa. Os EUA são maior mercado da Nestlé.
Companhias como General Mills e Kellog já haviam anunciado este ano que irão originar, até 2025, 100 por cento dos ovos que consomem de produtores que não utilizam gaiolas.
A rede de restaurantes McDonald's fez um anúncio semelhante em setembro abrangendo alimentos servidos em seus 16 mil restaurantes nos EUA e no Canadá.
(Por Anjali Athavaley)
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