Frango Vivo: Preços encerram a semana praticamente estáveis; Custos de produção atingem novo recorde
Os preços para o frango vivo encerraram com estabilidade nesta sexta-feira (20). Na semana, quase não houve movimentações nas cotações, em que apenas uma praça registrou variação na referência. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, Jacarezinho (PR) foi a única praça a registrar alta, de 5,08% e negócios a R$ 3,10/kg. Com a segunda quinzena do mês – quando o há um desaquecimento da demanda -, os preços não reagiram e baixas não devem ser descartadas do mercado.
Segundo o boletim do Cepea, os preços internos para a proteína perderam sustentação, que vinham sendo registrados no início do mês – com altas consecutivas em São Paulo, Minas Gerais e Paraná. “O motivo foi a típica retração da demanda neste período do mês, mas a expectativa é que, com a proximidade das festas de final de ano, as vendas da proteína sejam intensificadas no curto prazo”, aponta os pesquisadores.
Além disto, os custos de produção voltaram registrar recorde de alta, de acordo com dados da Embrapa Suínos e Aves divulgados nesta semana. O ICP/Frango encerrou outubro com 205,26 pontos, um aumento de 6,96% em relação ao índice de setembro. No acumulado do ano, a alta é de 16,58%, enquanto que em comparação há um ano, o acréscimo nos custos de produção é de 26,90%.
Dentre os principais responsáveis por este aumento está a nutrição - que apenas no último mês registrou alta de 6,51% -, além de gastos com mão de obra e instalações.
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Cenário externo
Por outro lado, as exportações têm apresentado resultados promissores, inclusive com abertura de mercado e habilitação de plantas frigoríficas – o que pode contribuir para a firmeza do mercado no cenário doméstico. Nesta semana, a China e o México habilitaram novas plantas exportadoras de carne de frango. As autoridades chinesas divulgaram duas unidades de aves, enquanto para o país mexicano foram autorizados 15 frigoríficos.
Segundo informações da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), as habilitações aconteceram após as missões em ambos os países, que contaram com o apoio do Ministério da Agricultura. “Estamos neste trabalho há tempo. A forte negociação da Ministra Kátia Abreu e da equipe do ministério tornaram mais rápida a conclusão deste processo. Com isto, estamos convictos de que, em breve, teremos o anúncio de outras habilitações”, destaca o presidente da ABPA, Francisco Turra.
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura (Mapa), as exportações de carne de frango devem triplicar a receita de embarques de aves, entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões por ano. Principalmente, após a habilitação para o México.
Dados parciais de embarques do mês de outubro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), apontam que até a segunda semana de novembro, foram embarcados 159,5 mil toneladas de carne de frango in natura, com média diária de 17,7 mil toneladas. Comparando médias, houve um aumento de 24,7 % em relação a outubro, enquanto ao ano passado, a alta é de 19,1%. Em receita, a soma chega a US$ 240,3 milhões.
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