Suíno Vivo: Com demanda enfraquecida, mercado encerra mais uma semana com saldo negativo

Nesta sexta-feira (30), mais desvalorizações foram registradas para o suíno vivo, que encerra a semana com queda em quase todas as praças de comercialização. A última baixa registrada foi em Santa Catarina, em que a bolsa de suínos do estado definiu referência em R$ 3,80/kg. A queda foi de R$ 0,20 em relação a semana anterior, seguindo a tendência das demais regiões.

As baixas eram esperadas por analistas, que não apostavam em recuperação de preços neste final de mês – quando há uma retração da demanda. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, o setor acabou sofrendo os impactos da crise econômica no país, que afeta a renda da população e os níveis de consumo.

Além disto, os custos de produção também seguem como preocupação aos suinocultores, interferindo rentabilidade “Neste mês de outubro, por exemplo, o preço da saca de milho se mostrou 41,2% superior no Rio Grande do Sul em relação ao mesmo período do ano passado, cotado a R$ 36,00”, explica o analista.

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Preços

Levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que quase todas as praças de comercialização apresentaram baixa nesta última semana do mês. Minas Gerais e Goiás foram as regiões com maior queda, de 5,62%, e referência a R$ 4,20/kg. Já em Santa Catarina, a baixa da semana foi de 5% em relação a referência anterior.

Em Rio Grande do Sul, a queda foi de 2,96%. Segundo pesquisa semanal da Acsurs (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), a média de preços pagos aos suinocultores independentes fechou em R$ 3,93/kg, enquanto na semana anterior estava em R$ 4,05/kg. Além disto, o valor médio da saca de milho apresentou aumento em comparação a última pesquisa, passando de R$ 30,62 para R$ 32,00. Há um ano a saca era negociada a R$ 24,30. Já o farelo de soja passou de R$ 1.427,50 por tonelada para R$ R$ 1.437,50.

A bolsa de suínos de São Paulo definiu no início da semana, arroba entre R$ 80 e R$ 81 – o equivalente a R$ 4,27 a R$ 4,37/Kg. A baixa registrada é de 1,35%, visto que a referência anterior estava entre R$ R$ 81 e R$ 83/@ - ou R$ 4,32 a 4,43/Kg.

Exportações

Por outro lado, os embarques seguem com números positivos e amenizam as dificuldades do setor no cenário doméstico. “Após um primeiro semestre ruim, os embarques vêm em franca recuperação. Possivelmente o resultado final de outubro será positivo com embarques entre 40 e 46 mil toneladas de carne suína in natura, volume similar ao observado em setembro”, destaca Maia.

Na última segunda-feira (26), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou dados de exportações referentes até a quarta semana de outubro para a carne suína in natura. Em volume, o acumulado aponta para 35,3 mil toneladas, com média diária de 2,2 mil toneladas. Em receita, a soma é de US$ 85,3 milhões.

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