Frango Vivo: Preços voltam a subir em SP e MG; Semana encerra com alta em grande parte das praças com demanda aquecida
Nesta sexta-feira (04), os preços para o frango vivo encerram com novas valorizações, novamente em São Paulo e Minas Gerais. Na praça paulista, esta é a segunda valorização consecutiva, fechando o dia a R$ 2,80 pelo quilo. Já em Minas Gerais, de acordo com informações da Avimig (Associação dos Avicultores de Minas Gerais), a referência ficou em R$ 2,95/kg, uma acréscimo de 1,72% na semana.
As valorizações também foram observadas em outras praças, segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. As maiores altas da semana foram observadas em São Paulo e Umuarama, que tiveram valorização de 3,70% em ambas as praças. Em Maringá (PR), as cotações subiram 2,22%, com o quilo do vivo valendo R$ 2,30. Já no Sul Catarinense os preços cederam 0,49%, com negociações a R$ 2,05/kg. Veja no gráfico abaixo:
Os preços também sofreram reajuste pelo aumento nos custos de produção, com o crescimento dos valores praticados para o milho, justamente em um período que deveria haver queda com a colheita da safrinha, quando há maior oferta. Segundo diretora da Avimig, Marília Martha Ferreira, nos últimos meses os custos subiram 10,22% e mesmo com as últimas altas, os preços atuais quase não cobrem.
Apesar das valorizações, com o cenário de crise, a proteína é a melhor opção aos consumidores. "Em um ano de recessão, com aumento do desemprego, há uma tendência de alteração do perfil de consumo. Essa situação não seria diferente para o setor carnes, com isso a carne de frango ganha espaço em relação a carne bovina", explica Iglesias.
Exportações
O mês de agosto encerrou como o terceiro melhor resultado da história em embarques, apesar de não ter atingido os números registrados em julho, quando foram comercializados 409,8 mil toneladas para a carne de frango in natura. Segundo levantamento divulgado na última terça-feira (01) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações atingiram 344,9 mil toneladas, com média diária de 16,4 mil toneladas. Em comparação com o mês anterior, a queda foi de 7,8%, enquanto em relação a agosto de 2014 aumentou 14,3 %.
Em receita, os embarques somam US$ 568 milhões, com média US$ 27 milhões. Os números representam uma baixa de 9,2% em relação a julho de 2014 e queda de 2,2% em comparação a agosto de 2014. O valor por tonelada fechou em US$ 1.647,1.
Segundo o presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Francisco Turra, o bom desempenho é associado a abertura de novos mercados, além dos casos de gripe aviária que foram registrados nos países produtores. Os Estados Unidos, maior produtor, apresentou redução de 14% nas exportações, enquanto o Brasil teve aumento de 5,5% nos oito primeiros meses do ano. Não há casos de gripe aviária registrada no país, além de haver grande produção, o que habilita o Brasil a atender a demanda das regiões afetadas. A expectativa é de que os embarques continuem apresentando números positivos, por ser o período que historicamente há um crescimento nas exportações.
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