Ibrafe: 60 dias desafiadores para o abastecimento do Feijão
Na era da evolução das ferramentas digitais, ainda temos cadeias produtivas com dificuldades originadas pela falta de comunicação. E não estou aqui pensando nas óbvias, entre produtores e estes com os empacotadores, e ambos com o consumidor. Mas dentro do próprio Estado brasileiro e com os governos.
Sendo um produto básico e com predicados de causa social, o setor só tem a ganhar com a organização de iniciativas e programas que visem desde aspectos que podem refletir no aumento de produtividade, como, também, que as iniciativas conversem entre si para que haja um trabalho sinérgico. Campanhas que reflitam no consumo alinhadas entre os Ministérios da Educação, Saúde, Combate à Fome, Agricultura e
Economia, contribuindo para que, em momentos sabidamente de excesso de oferta, não somente mecanismos tradicionais de aquisição do governo federal atuem, mas inclusive a disponibilidade de recursos para que os produtores possam ter fôlego financeiro e infraestrutura para armazenar sem se obrigar a vender no momento de pico de oferta e preços mais baixos, equilibrando assim a oferta.
É nesta direção que nós aqui no IBRAFE estamos trabalhando na busca de organização e ferramentas que tragam respostas rápidas a momentos de desequilíbrio de oferta e demanda, como o que estamos vivendo agora.
Serão 60 dias desafiadores pela frente. Não há como prever quantos produtores irão desistir dos plantios no ano que vem como consequência direta das dificuldades que atravessarão neste momento após um longo período em que as dificuldades estavam colocadas para o consumidor e que, por aquele lado, sabe-se lá quantos diminuíram o consumo e jamais retornarão para um consumo que contribua para sua saúde.
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