Ibrafe: Paridade de soja, milho e Feijão voltou
Em janeiro, no momento de plantar Feijão, destaquei que fazia sentido, ainda que a paridade com soja e milho naquele momento não fosse favorável. A tendência seria que a média história de 2,18 sacos de soja, de 2017 para cá, e 3,25 de milho seria ultrapassada e aí está. Sem nenhuma grande intempérie durante a segunda safra até agora, a paridade voltou à antiga referência, ou seja, 2 sacos de soja e 4 de milho para 1 de Feijão. Aliás, no momento, está em 3,28 e 4,83. Isto está acontecendo mesmo com valores considerados acima do histórico para as commodities. O Feijão-carioca de lento escurecimento dá ao produtor da segunda safra a possibilidade de escolher o melhor momento para vender. Não é mais alguém a mercê do mercado ou, pior, dos boatos. Para empacotadores, isso é bom, pois quanto mais estáveis as cotações, melhor. Alguma previsibilidade tem sido possível ser desenvolvida para os mercados de Feijões. O mercado ontem registrou alguns grandes lotes vendidos de uns poucos produtores com algum volume de estoque. Nota 7/7,5 manteve base Minas Gerais entre R$ 350/360. Segundo um comerciante observador, Feijão-carioca Dama tem permitido que, após 8 meses armazenado, o produto possa ser vendido como nota 7,5 conservado fora de qualquer refrigeração e muitas vezes encarado como nota inferior só devido a manchas presentes em função de ter sido plantado grão com mistura de variedades normais que escurecem, ao invés de sementes. Se fosse puro, estaria valendo R$ 400. Olha o tamanho do prejuízo do não uso de sementes. O Feijão-preto mantém cotação estável ao redor de R$ 200/230 base Paraná.
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