Segunda safra do feijão está em fase de enchimento de grãos e maturação
Os cultivos de segunda safra do feijão encontram-se predominantemente em fases de enchimento de grãos e maturação. De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (05/05) pelas gerências de Planejamento e Comunicação da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), as chuvas impediram a continuidade da colheita, fazendo com que o índice seja inferior a 15% dos cultivos. Os rendimentos obtidos permanecem próximos a 1.600 kg/ha.
Já a colheita do feijão primeira safra foi encerrada na maior parte do Estado. Estima-se que a proporção de lavouras colhidas atinja pouco mais de 90%, já que a chuva atrapalhou a continuidade da operação em lavouras de primeiro cultivo.
O cultivo remanescente está maduro e por colher, mas o excesso de umidade constante não permite a colheita, gerando uma situação que pode causar redução de valor de mercado e perdas na qualidade, especialmente para as variedades de cor. Outra decorrência é o risco de germinação dos grãos na vagem, tanto para as variedades de cor como para as de grãos pretos. A expectativa de rendimento, no Estado, permanece estimada em 1.265 kg/ha, significando uma redução de 27% da projeção inicial.
Soja
A ocorrência de chuvas frequentes e em alto volume, na maior parte do Estado, impossibilitou a colheita em parte das lavouras ou ocasionou a sua realização em condições fora da normalidade em pequenos momentos ensolarados. Apenas no extremo norte do Estado, onde ocorreram menores precipitações, a operação prosseguiu em ritmo adequado. A proporção de lavouras colhidas elevou-se para 74%; 22% estão em maturação; e algumas já superam o momento ideal de corte. A expectativa de produtividade manteve-se próxima a 1.500 kg/ha.
Em alguns municípios, o volume precipitado superou 300 mm no período e, nas localidades onde os volumes foram intensos, houve, até mesmo, danos nas lavouras, causados pelo escorrimento superficial de águas, pelo carreamento de solo e fertilizantes e pela formação de voçorocas. De maneira geral, não temos relatos de perdas por apodrecimento ou germinação dos grãos por se tratar da primeira sequência de chuvas expressivas sobre as lavouras após a fase de maturação. Os danos foram concentrados nas áreas de várzeas e em áreas próximas de cursos d´água na metade sul do Estado, onde houve forte acamamento de plantas e o alagamento por período prolongado. Contudo, há grande preocupação com a ocorrência de novas precipitações, que podem acarretar perdas por avarias nos grãos em lavouras maduras expostas a essa condição de tempo.
Milho
A colheita do cereal permaneceu com avanço muito lento, prejudicado pelo excesso de chuvas e pela prioridade dada à operação na cultura da soja. Nesse período, o índice de colheita elevou-se apenas 1%, alcançando 85% dos cultivos.
A recorrência de chuvas beneficiou as lavouras semeadas tardiamente ou em safrinha, as quais se encontram majoritariamente em florescimento e em enchimento de grãos. Parte das lavouras, madura ou em maturação, apresentou aumento da incidência de doenças da espiga, provocadas por fungos causadores de grãos ardidos. A expectativa de produtividade para a safra permanece em 3.500 kg/ha, com decréscimo de 55% da inicialmente projetada.
Arroz
A colheita foi muito prejudicada pelo excesso de chuvas nas regiões produtoras. O índice atingiu 93% da área cultivada no Estado. O restante do cultivo encontra-se maduro, apenas no aguardo pela melhora do tempo e pela diminuição de umidade para ser ceifado. A produtividade média estimada permanece em 7.650 kg/ha, significando um decréscimo de 8% da previsão inicial. Todavia, onde o volume de irrigação foi adequado, a produtividade alcançou volume superior a 11.000 kg/ha.
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