Ibrafe: Chegou a chuva, o que muda agora para o feijão?
Boas notícias vêm de São Paulo com respeito à chegada, finalmente, das chuvas. Os produtores reportaram chuvas que variaram entre 40 e 60 milímetros. As perdas que ocorreram até aquele momento não deverão ser alteradas, porém espera-se que as perdas cessem agora.
A temperatura também ficou mais razoável, oscilando entre 15 e 30Cº, algo confortável para o desenvolvimento das lavouras. Então, o que muda no cenário atual dos preços de Feijão? Este não é um fator que possa influenciar imediatamente no volume de oferta.
O plantio atrasado no Paraná tende a rapidamente ser finalizado, pelo menos a maior parte. O Brasil está plantando nesta primeira safra menos de 1 milhão de hectares. É preocupante e abordaremos isso no final de semana, quando deveremos publicar a conjuntura IBRAFE de outubro. Seguimos, após o feriado, com o mesmo cenário: com especuladores e atravessadores procurando encontrar oportunidades de compra.
Os empacotadores estarão fazendo as contas hoje com respeito à necessidade ou não de compra, isso de todos os Feijões. Cada região com as suas variedades. Na verdade, não importa qual seja o Feijão, administrar o empacotamento está bem difícil. “Está fácil perder dinheiro. Na compra ou na venda o risco está grande”, afirmava um empacotador do Rio Grande do Sul no final da semana passada.
Não há dúvidas que muito Feijão terá que ser vendido esta semana para poder alimentar a população. A preocupação com a fome no Brasil e no mundo levou ao Prêmio Nobel da Paz este ano para o Programa Mundial de Alimentação da ONU. Segundo matérias veiculadas na imprensa, há 10 milhões de brasileiros que não se alimentam pelo menos um dia por semana, isso no país que é o celeiro do mundo. O que nosso setor pode fazer é produzir, é plantar Feijões. Precisamos urgentemente de organização do setor, do contrário o problema será agravado.
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