Feijão: Atacado prensa o empacotador
Publicado em 22/10/2019 14:30
Entre tantas mudanças que vêm ocorrendo no mercado de Feijão-carioca está a comoditização. O que isto significa? Que as margens vão ficando apertadas por conta da concentração de poder no atacado e no varejo. Os atacados e os atacarejos concentram poder excessivo na negociação, ao ponto que os atacados estão abastecendo um percentual maior de lojas de varejo. Comprar do atacado tem sido economicamente mais interessante para um grande número de redes médias de supermercados, além das menores. Como isto afeta o preço praticado ao produtor? Vamos lá, isto implica em um poder concentrado maior neste elo do setor. Cada dia mais eles ditam a regra do jogo. Quando consideram um preço razoável, compram com entrega escalonada e com um poder de baganha muito grande. Como o varejinho diminui sua participação nas compras diretamente do empacotador, a concorrência fica mais acirrada nos atacados, que fazem muito mais do que leilão: é uma compra que vem inclusive determinando o aumento da inadimplência, que já começa a aparecer, pois os empacotadores estão sem giro e transferem, de alguma forma, para os produtores este ônus.
Qual a reação possível? 1 - Diversificar as variedades, isto atrapalha o atacado, que terá que ter mais variedades em estoque. 2 - Iniciar uma campanha para o aumento de consumo, assim os varejos menores poderiam ter um alívio originado em maior volume de negócios.
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
IBRAFE
0 comentário
Ibrafe: semana foi marcada por poucos negócios no mercado do feijão
Semeadura do feijão está concluída na maior parte do Rio Grande do Sul
Produção de gergelim cresce 107% na safra de 2023/24 no Brasil
Ibrafe: Acordo do Gergelim abre caminho para o Feijão com a China
Arroz/Cepea: Preços são os menores em seis meses
Arroz de terras altas se torna opção atrativa de 2ª safra entre produtores do norte de Mato Grosso