Avaliação dos efeitos do estresse salino em feijão preto
A salinidade do solo é um problema que precisa ser enfrentado na agricultura, pois com o aumento da demanda por alimentos, as áreas cultiváveis tornam-se mais suscetíveis a sofrer desse problema, seja pela salinização causada pela irrigação, seja pela expansão agrária para áreas áridas e semiáridas.
O Brasil é um dos maiores produtores de feijão do mundo, dessa forma, é necessário investigar os efeitos da salinidade nessa espécie, para minimizar os prejuízos para agricultores que a cultivam. Várias pesquisas foram realizadas com feijão comum (Phaseolus vulgaris) e feijão caupi (Vigna unguiculata), contudo são escassas as pesquisas para entender como o feijão preto reage ao estresse salino. O feijão preto é rico em nutrientes, e um estudo fisiológico nesse grupo é essencial para mitigar a sua aplicação na agricultura familiar, principalmente em regiões de semiárido.
O presente trabalho tem como objetivo estudar os efeitos da salinidade em três cultivares de feijão preto (Diamante Negro, Ouro Negro e Minuano) submetidos a cinco tratamentos (15 mM, 30 mM, 45 mM, 60 mM e 120 mM de NaCl) e 0 mM de NaCl como controle, através da análise dos parâmetros: altura, massa seca foliar, germinação, massa seca caulinar, massa seca radicular, diâmetro radicular e número de folhas. Os resultados mostraram que a salinidade afetou o diâmetro radicular, não afetou a altura das plantas e nem a massa seca caulinar, causou uma redução da massa seca foliar, mas não afetou a germinação, reduziu o número de folhas.
Conclui-se com esta pesquisa que essas cultivares são tolerantes à salinidade, contudo, dentre elas a mais tolerante é a cultivar Diamante Negro, a qual apresentou os melhores índices em quase todos os parâmetros analisados.
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