Produção de feijão nos sistemas de plantio direto e convencional em Água Fria de Goiás (GO)
No Brasil, o feijão (Phaseolus vulgaris) é cultivado por agricultores de diversos perfis, em diferentes escalas, regiões e sistemas de produção. Segundo a Food and Agriculture Organization of the United Nations - FAO (2010), o Brasil é o maior produtor e consumidor de feijão do mundo. A produção brasileira em 2010 chegou ao patamar de 2.923.725 toneladas, com produtividade média no ano de 2010 de 884 kg/ha (IBGE, 2013b).
Dependendo da região pode se encontrar até três safras de feijão durante o ano. A safra das “águas” ou a 1ª safra com plantio nos meses de agosto a novembro e colheita de novembro a fevereiro, safra da “seca” ou 2ª safra com plantio de dezembro a março e colheita de março a junho e por último a safra de inverno que também pode ser conhecida por safra de 3ª época ou safra irrigada com plantio de abril a julho e colheita de julho a outubro.
O Estado de Goiás se destaca na produção de feijão nas três safras, sendo a 3ª safra responsável pelo maior nível de produtividade. Segundo Silva e Wander (2013), o plantio do feijão-comum em Goiás é focado na safra das águas e da seca, de outubro a fevereiro, com forte movimentação dos agricultores familiares e empresariais, representando 14,1% no mês de outubro e 21,4% no mês de novembro, em relação ao total da área cultivada com o feijãocomum pelo Estado, predominando o feijão-comum de cores.
O sistema de plantio direto está relacionado ao manejo do solo, aos tipos de máquinas e implementos utilizados no manejo do solo para a produção, na qualidade e quantidade de insumos, nas práticas relacionadas à colheita do grão, nos tratos culturais, e na mão de obra utilizada desde o preparo do solo à colheita do grão.
Segundo a EMBRAPA (2006), o sistema de plantio direto é aquele cujas sementes e adubos são colocados diretamente no solo não revolvido, usando máquinas apropriadas. Este método utiliza menor número de mão de obra homem e hora máquina, o que leva a custos de produção menores do que os do sistema de plantio convencional.
O sistema de plantio direto normalmente ocorre sobre a palhada da cultura anterior. Onde, as operações de gradagem e subsolagem são substituídas pela trituração da palhada. Após a trituração dos restos culturais, faz-se também a dessecação das plantas daninhas com herbicidas registrados para tal prática. Na sequência, a dessecação, depois entra com a semeadura direta, juntamente com a adubação de plantio.
Sendo o sistema de plantio direto considerado um componente importante de sistemas de produção agrícola sustentáveis. Esta prática é utilizada há muito tempo na região Sul do País (SALTON et al., 1998). Além de que, a utilização de combinações de plantas de cobertura adequadas ao sistema de plantio direto apresentam vantagens em comparação aos cultivos convencionais, pela economia de fertilizantes químicos, menor uso ou eliminação dos herbicidas e menor desgaste dos recursos naturais do solo.
No sistema de plantio tradicional, objetiva-se também a semeadura tradicional, nesse sistema de plantio não se obtém uma cobertura vegetal do solo. Nesse sistema se usa arado de aiveca ou arado disco/grade aradora; arado escarificador. O uso dos arados tem como finalidade a eliminação de camadas compactadas superficialmente. Cujo objetivo é o favorecimento do crescimento de raízes da planta. Logo, o uso das grades tem finalidade a incorporação de resíduos vegetais, com grande capacidade de trabalho e reduzida demanda específica de combustível.
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