Cientistas australianos conseguem curar alergia a amendoim
Não tem jeito. A garganta fecha, o rosto incha e a pele começa a coçar como nunca antes. Para quem tem alergia, colocar para dentro um punhadinho de amendoim que seja é problema na certa. A semente é considerada a comida que mais provoca asfixia em intolerantes, e também causa uma das alergias alimentares mais mortíferas. Estima-se que pelo menos 20 mil bebês sejam diagnosticados como alérgicos todos os anos, somente nos EUA e Reino Unido. Como não há tratamento, o jeito é passar longe de tudo que possa conter traços do alimento.
Mas um novo estudo conduzido por pesquisadores australianos se apresenta como a solução definitiva para quem sofre do problema. É o fim da vontade de comer paçoca. Por meio de um tratamento que reprograma o sistema imunológico, conseguiu-se melhorar a resposta que o corpo dos alérgicos têm ao amendoim – e deixá-los tolerantes à semente.
A técnica foi testada com 88 crianças. Todo dia, durante 18 meses, eles tinham de consumir um probiótico (Lactobacillus rhamnosus) tonificado com proteína de amendoim. Quando os testes terminaram, em 2013, percebeu-se que 82% dos pequenos que participaram da terapia já conseguiam consumir amendoim sem restrições de dieta.
E o melhor é que, para a maioria deles, os efeitos se estenderam por bastante tempo. Para verificar a eficácia do método, os cientistas testaram os casos de sucesso novamente em 2017. Após quatro anos, 70% das cobaias tinha adquirido resistência a longo prazo. Ou seja, conseguiam comer pé-de-moleque ou manteiga de amendoim à vontade, sem sofrer efeitos colaterais.
Os resultados surpreendem, principalmente porque pesquisas anteriores não passaram nem perto de conseguir a mesma eficácia. Esta, por exemplo, conduzida em 2014 por pesquisadores britânicos, fez que 84% das cobaias pudessem comer até cinco amendoins por dia. Um cardápio ainda bastante restrito.
Mesmo recorrendo a métodos diferentes, todos os cientistas concordam em um mesmo ponto: para não desenvolver alergia a amendoim, o mais recomendado é… comer amendoim. Um estudo de 2015 mostrou que para afastar seu filho do problema, o ideal é apresentá-lo à semente logo aos 11 meses de idade – só para garantir.
0 comentário
Produção de gergelim cresce 107% na safra de 2023/24 no Brasil
Ibrafe: Acordo do Gergelim abre caminho para o Feijão com a China
Arroz/Cepea: Preços são os menores em seis meses
Arroz de terras altas se torna opção atrativa de 2ª safra entre produtores do norte de Mato Grosso
Ibrafe: Feijão-carioca por um fio
Arroz de terras altas se torna opção atrativa de 2ª safra entre produtores do norte de Mato Grosso