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Plantio de verão no Centro-Oeste e Sudeste deve ser beneficiado com fim do El Niño, indica Nottus

Publicado em 19/06/2024 15:22 e atualizado em 19/06/2024 16:01
Projeção é de chuvas dentro da normalidade entre outubro e novembro, diferente do que ocorreu na última safra

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A Nottus, empresa de inteligência de dados e consultoria meteorológica para negócios, trouxe nesta terça-feira (19) um panorama sobre possível formação e influência do fenômeno La Niña para o Brasil neste ano. De acordo com as informações apresentadas, o fenômeno El Niño, que influenciou a safra 23/24 com redução das chuvas no Brasil Central, não está mais em vigência e não irá afetar o regime de chuvas no país.

“O El Niño, que foi o fenômeno vigente desde maio de 2023, já perdeu sua configuração e, neste momento, está sob neutralidade climática, ou seja, sem El Niño e La Niña”, destacou Desirée Brandt, sócia-executiva e meteorologista da Nottus.

Como explicou Brandt, já começou um resfriamento das águas no Oceano Pacífico, o que é uma característica do La Niña, porém o fenômeno ainda não está estabelecido. A probalidade do  estabelecimento vai aumentar durante os meses de agosto, setembro e outubro e chegar a 85% no final deste ano.

Mesmo assim, a expectativa é de que a intensidade seja de fraca a moderada, com maior probilidade de se tornar moderada apenas no final deste ano. Por isso, ainda não é possível afirmar com certeza qual será a influência sobre o Brasil, pois, mesmo que estabelecido, o fenômeno ainda leva um tempo para provocar mudanças no comportamento do clima.

Segundo a meteorologista, as perspectivas para o agro para a próxima safra de verão são mais otimistas do que no mesmo período do ano passado. “A NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) indica que o La Niña deve se consolidar entre agosto e outubro, favorecendo chuvas mais consistentes e persistentes no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, beneficiando as áreas produtoras de Goiás, Mato Grosso, Cerrado, Triângulo Mineiro e Noroeste paulista no final de 2024 e início do ano que vem”, aponta Desirée.

“Com base em cálculos matemáticos e probabilísticos da NOAA, a expectativa é a de que as chuvas comecem a se manifestar só no final de setembro e de forma irregular, devendo se intensificar um pouco na quinzena de outubro e em novembro, ou seja, já no período da primavera”, corroborou Alexandre Nascimento, sócio-diretor e meteorologista da Nottus

 

Fase de transição durante o inverno: cuidado com queimadas e clima favorável para culturas de inverno

O meteorologista da Nottus especialista em queimadas, Guilherme Martins, destacou que ainda haverá um período de seca durante o inverno, o que é normal. O La Niña chegará depois de meses secos e quentes, ocorridos entre março e junho. Esse cenário favoreceu  a proliferação das queimadas no país.

“Todos os biomas do Brasil, com exceção dos que estão dentro do estado do Rio Grande do Sul (Pampa), já mostram um aumento dos incêndios em relação ao ano passado”, afirmou Martins. “Existe um desafio de pelo menos mais três meses com pouca chuva na região central do Brasil, onde estão os principais reservatórios”, reforçou Nascimento.

Já para as culturas de inverno, a perspectiva é favorável, como explicou Brandt. Segundo ela, não deve haver excessos de chuvas e também estão previstos mais dias de frio, o que é benéfico, por exemplo, para o trigo.

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Por:
Igor Batista
Fonte:
Notícias Agrícolas

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