El Niño segue forte e pode trazer benefícios e prejuízos para a agricultura global

Publicado em 19/10/2015 06:31

O El Niño do século, em 1997, ensinou o mundo a temer o fenômeno que, em 2015, pode mostrar fúria ainda mais intensa. Ao identificar que a temperatura da superfície do oceano Pacífico está mais quente do que o normal, satélites da Nasa levam especialistas a prever um evento tão forte ou até mesmo superior neste ano. Em uma das regiões brasileiras mais sensíveis ao fenômeno, o sul do país, os efeitos já são sentidos em cidades assoladas por enchentes e na produção agrícola.

Conforme cientistas da Nasa, todos os sinais indicam que o El Niño deste ano será de moderado a forte. As análises dos mapas de calor no Pacífico mostram semelhança muito grande com o mesmo período de 1997, o início do mais intenso El Niño já registrado (leia abaixo).

“Não existem dois eventos iguais. Mas as observações indicam para uma equivalência entre 1997 e 2015, o que sugere efeitos semelhantes”, destaca o professor Francisco Eliseu Aquino, climatologista do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Naquele ano, o El Niño desarrumou o clima no mundo, com enchentes, terremotos, furacões e secas em diferentes países. No Brasil, as semelhanças entre os fenômenos já são sentidas, com cheias na região Sul, secas no Nordeste e aumento do calor no Sudeste. Em 1997, o inverno foi ameno, com temperaturas acima do normal e ‘calorão’ fora de época – parecido com este ano.

“Em 2015, tivemos o agosto mais quente do século. Estamos em um ano anomalamente quente, onde o El Niño também tem influência”, explica Aquino.

Produtividade comprometida

O quadro de similaridade com aquele ano é reforçado com os altos volumes de chuva registrados em setembro e outubro na região Sul do Brasil. O excesso de umidade, tanto naquela época como agora, provoca perdas na fruticultura e nas lavouras de inverno.

“As chuvas ficarão bem acima da média até o fim do ano. A intensificação das precipitações ainda está por vir”, confirma o meteorologista Rogério Rezende, do 8° Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

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Gazeta do Povo

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