Boi, suíno e frango vivos em agosto e nos oito primeiros meses de 2021
Na produção animal, quem registrou a melhor evolução de preço de julho para agosto foi o frango vivo, cujo cotação média – embora inalterada desde meados do mês passado – registra incremento mensal em torno de 2,2%. Acima, portanto, dos 0,70% de aumento obtidos pelo suíno vivo e melhor ainda que os 0,60% de recuo do boi em pé. Além disso, comparativamente às suas duas principais matérias-primas, o frango vivo apresentou melhor desempenho que o milho (aumento de 1,26%), só perdendo para o farelo de soja, cujos preços no mês foram 2,5% superiores aos de julho passado.
Mas, sem dúvida, o que mais chama a atenção é a evolução anual de preço do frango vivo, agora num patamar mais próximo ao incremento apresentado pelo milho. Ou seja: enquanto o preço médio do suíno, por exemplo, apresentou recuo anual superior a 5%, o do frango evoluiu acima dos 50%, ficando distante menos de 20 pontos percentuais da correção obtida pelo milho (mais de 70% em um ano).
Isto, porém, não significa que a situação do frango seja agora de tranquilidade. Um ano atrás, nesta mesma ocasião, ele apenas começava a emergir da crise surgida com a pandemia, o que significa que a base de comparação é baixa – o índice elevado, portanto, não mostra a realidade do mercado. Opostamente, o milho já registrava, então, aumento anual próximo de 15%.
O melhor, pois, é comparar os preços atuais com aqueles vigentes antes da pandemia, quando o mercado caminhava normalmente. Assim, tomando como base a média registrada em 2019, constata-se que, frente a uma evolução de 84% no preço do frango vivo, o do milho aumentou 143%. E, claro, o mais afetado, neste caso, continua sendo o suíno vivo, cujo preço desde então foi corrigido em apenas 45% (a despeito do retrocesso no mês, o preço do boi em pé ficou 92% acima da média de 2019).
A mesma interpretação cabe aos preços alcançados nos oito primeiros meses de 2021. Novamente, o frango - comparativamente ao boi e ao suíno - surge com o melhor desempenho. Mas seus preços, na média do período janeiro-agosto de 2020, sofreram pesadamente os efeitos da pandemia e do isolamento social.
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