China detecta coronavírus em carne congelada e embalagens vindas do Brasil e outros países
PEQUIM (Reuters) - A cidade chinesa de Jinan informou neste fim de semana que detectou a presença de coronavírus em bife e tripas bovinas e nas embalagens destes produtos oriundos de Brasil, Bolívia e Nova Zelândia, enquanto duas outras capitais de província detectaram o vírus em embalagens de carne suína vindas da Argentina.
A China está aumentando os testes em alimentos congelados após detectar repetidamente o vírus em produtos importados, o que tem levado à suspensão de importações, embora a Organização Mundial da Saúde afirme que o risco de se contrair Covid-19 em alimentos congelados é baixo.
Em Jinan, capital da província de Shandong, no leste da China, os produtos envolvidos foram importados por uma unidade da Guotai International Group e pela Shanghai Zhongli Development Trade, informou a comissão municipal de saúde na noite de sábado.
Os produtos entraram pelos portos de Xangai, disse a comissão, sem nomear as empresas que os embarcaram para a China. Mais de 7.500 pessoas que podem ter sido expostas testaram negativo para coronavírus.
Casos de coronavírus em carne de porco congelada foram relatados em Zhengzhou, capital da província de Henan, na região central, e em Xian, capital de Shaanxi. Não ficou imediatamente claro se os dois casos teriam conexão entre si.
As amostras com resultado positivo em Zhengzhou vieram de um lote de 24 toneladas de carne de porco congelada enviada de um depósito em Qingdao, em Shandong, disseram as autoridades.
Na sexta-feira, a cidade chinesa de Wuhan comunicou que detectou o novo coronavírus em embalagem de um lote de carne bovina de um carregamento de agosto da Marfrig . No mesmo dia a Marfrig informou que não iria comentar o assunto.
China suspende importação de alimentos de 20 países por temor de casos de Covid
Beijing, 13 nov (Xinhua) -- A alfândega chinesa suspendeu a importação de produtos de 99 fabricantes de alimentos da cadeia fria de 20 países que relataram infecções de agrupamento de COVID-19 entre os empregados.
Esta ação veio em meio a medidas para evitar casos importados de COVID-19 via importação de alimentos da cadeia fria, destacou a Administração Geral das Alfândegas (AGA) em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira.
Entre as empresas, 82 suspenderam voluntariamente suas exportações para a China durante o surto epidêmico, revelou Bi Kexin, funcionário da AGA.
Os esforços foram intensificados para fortalecer o monitoramento de risco de COVID-19 em alimentos importados da cadeia fria por meio da realização de testes de ácido nucleico. Até a meia-noite de quarta-feira, a AGA tinha coberto 873.475 amostras, das quais 13 foram positivas.
A alfândega também tomará medidas preventivas de emergência, suspendendo a declaração de importação de fabricantes de alimentos estrangeiros por uma a quatro semanas com o vírus detectado em qualquer um de seus alimentos ou embalagens da cadeia fria.
A sanção foi aplicada contra oito produtores de alimentos estrangeiros e seis barcos de pesca até a meia-noite de quarta-feira, de acordo com a entidade.
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