USDA: primeiras tendências brasileiras para as carnes bovina e suína em 2021
Aguardam-se os dados da carne de frango, pois, por ora, as primeiras projeções para 2021 divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) relativas ao Brasil estão restritas às carnes bovina e suína.
No tocante à carne bovina elas sugerem que após ligeiro recuo em 2020, a produção deve aumentar no ano que vem, superando os 10,5 milhões de toneladas.
As exportações, porém, têm crescimento contínuo. Aumento de quase 7% em 2020 e de perto de 8% em 2021m, perfazendo um incremento de mais de 15% no biênio 2020/2021.
E como a produção não segue no mesmo ritmo, a disponibilidade interna do produto cai 3,2% em 2020 e volta a crescer 2,7% no ano que vem, mas sem ainda atingir os níveis de 2019.
A produção de carne suína segue em crescimento contínuo. O previsto para 2021 é um volume em torno dos 4,285 milhões de toneladas, perto de 8% a mais que o apontado para 2019.
Melhor ainda serão as exportações. Sinalizam aumento de cerca de 22% em 2020 e de outros 6% em 2021, com o que o volume adicional exportado no biênio terá acréscimo próximo de 30%
Já a disponibilidade interna de carne suína decresce em torno de 2% em 2020, mas tende a aumentar 4%, com que mantém, no biênio, expansão ligeiramente superior à do crescimento vegetativo da população (0,77% ao ano, segundo o IBGE).
Por falar em IBGE: como ontem o órgão de estatísticas divulgou novas estimativas para a população brasileira, as projeções do USDA ensejam projetar o consumo per capita das duas carnes no triênio 2019/2021.
De acordo com o IBGE, em 1º de julho de 2020 a população brasileira andava perto de 211,756 milhões de habitantes, resultado que indicou crescimento vegetativo de 0,77% no ano. Nas projeções abaixo, estimou-se o mesmo nível de crescimento para a população de 2021.
As projeções obtidas a partir desses indicadores sugerem, por exemplo, que no ano que vem a disponibilidade per capita das carnes bovina e suína ficará próxima, respectivamente, dos 37 kg e dos 15 kg, volumes que, no biênio, significam redução de mais de 2% para a carne bovina e aumento de menos de meio por cento para a carne suína.
E quanto à carne de frango? Por ora, a única referência do USDA ao produto da avicultura está restrita à sua participação no consumo das três carnes. E a observação a respeito (dados preliminares para 2020) é a de que a carne de frango representa 45% do consumo total, a bovina 40% e a suína 15%. Isso aceito, o consumo per capita de 2021 deve situar-se entre 41,5 kg e 44,6 kg de carne de frango.
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