FAO: carnes fecham novembro com valorização de 17% no ano
Como apontou ontem (05) a FAO, as carnes – com pouco mais de 190 pontos (2002/2004 = 100 pontos) apresentou em novembro variação mensal de 4,6%, o maior índice de incremento registrado desde maio de 2009, portanto, há mais de 10 anos.
Mas esse ganho não é de agora. Começou em fevereiro, logo após ter-se atingido o menor preço dos últimos dois anos (160 pontos em janeiro de 2019). Desde então, as altas, embora moderadas vinham sendo contínuas. O grande arranque deu-se no mês passado, novembro.
Com o mais recente resultado, as carnes se colocam à frente dos cereais (162,4 pontos em novembro), dos óleos vegetais e do açúcar (respectivamente, 150,6 e 181,6 pontos) e, ainda, do próprio Índice de Preço dos Alimentos da FAO (FFPI, na sigla em inglês), que ficou em 177,2 pontos. Mas permanecem, em termos relativos, aquém dos lácteos, agora com 192,6 pontos.
Embora os problemas de abastecimento se concentrem na carne suína, a maior contribuição para o aumento das carnes em novembro veio da carne bovina. No entanto – comenta a FAO – todas as carnes registraram aumento de preço porque, além da demanda chinesa, o mundo se prepara para as festividades de final de ano. Com isso, até a carne de frango – que nos últimos três meses vinha registrando queda de preço – obteve ligeira alta em novembro.
Ao contrário do que faz normalmente, ontem, ao divulgar os resultados globais de seus Índices de Preço, a FAO não atualizou os dados relativos às carnes. Assim que forem divulgados se terá um detalhamento melhor do comportamento das três carnes no mês.
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